CGN/LD
ImprimirDois incêndios que começaram na quarta-feira (29) e no sábado (1º) passados, no Pantanal de Corumbá, já queimaram 5.634 hectares de vegetação, segundo informou hoje (5) o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul.
O que começou primeiro atinge área mais remota, próxima ao Rio Paraguai-Mirim. Lá, brigadistas atuam tendo que pisar em áreas alagadas pelas águas do afluente do Rio Paraguai. Eles chegaram ao local levados por helicópteros da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública, também de acordo com os bombeiros.
Um reforço precisou ser enviado enquanto as chamas avançavam. Os militares usam equipamentos como sopradores para apagá-las. Só naquela região, a área queimada é de 3.311 hectares.
Céu vermelho e fumaça - O outro incêndio foi o que começou depois. Ele está mais próximo da área urbana, por isso, obriga os corumbaenses a respirar fumaça. Neste domingo (2), os moradores se assustaram ao ver o horizonte avermelhado pela queima.
A área afetada fica perto de onde a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) faz captação de água do Rio Paraguai para abastecer a cidade e a vizinha Ladário.
Ali, os bombeiros contam com o apoio da equipe PrevFogo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente). Eles se dividem em duas frentes de combate: uma posicionada próxima à rede captação de água e a outra próxima à Ilha Tagiloma.
Nesta manhã, se planeja um sobrevoo com três militares para traçar nova estratégia de combate ao incêndio naquela região. A área queimada já é de 2.323 hectares.
"Estamos mobilizando todos os recursos disponíveis para enfrentar essa situação desafiadora", afirmou em nota o Corpo de Bombeiros.
Este ano - De acordo com os dados da plataforma de monitoramento por satélite e de alerta de incêndios da Lasa, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a área queimada em Corumbá entre 1º de janeiro deste ano até 4 de junho, soma 103.700 hectares. É cerca de um terço do total registrado no ano passado (333.425 hectares).
Comparadas as áreas atingidas em maio deste ano e do ano passado, o acumulado mensal está bem maior em 2024: foram 7.625 hectares consumidos contra 925 no mesmo período em 2023.
Os dados da Lasa referentes a este ano são baseados em alertas e não estão consolidados.