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ImprimirInfestação de "escorpiões" tem assustado moradores do Bairro Nova Campo Grande. O bicho é inofensivo, mas põe medo em quem dá de cara com ele. O inseto ainda libera um odor conhecido, de vinagre, principalmente quando é encurralado.
Neste domingo (31), quem ficou “tete a tete” com o tal ‘escorpião vinagre’ foi Maria Lúcia Ferreira Matos, de 56 anos. O alerta inicial foi o cheiro, depois os latidos dos cachorros incessantes e por último o encontro ‘quase da morte’. “Eu assustei quando levantei a garrafa de amaciante. Ele saiu correndo. O cheiro é insuportável é realmente igual ao vinagre”, explicou.
Para tentar bloquear os encontros inesperados, Maria já saiu tapando os buracos da casa, com panos encharcados de Creolina. Na internet, a filha descobriu que o bicho não tem venenos igual outros escorpiões.
A poucas quadras da casa de Maria mais um relato de quem, há poucos dias, encontrou o inseto dentro de casa. “Comecei sentindo um cheiro forte de vinagre. Daí encontrei ele andando pela casa e fiquei com medo de ter veneno. Joguei fora”, contou José Rodrigues Mota Lima, açougueiro de 27 anos.
Na mesma família mais uma história do encontro com o ‘escorpião vinagre’, dessa vez do irmão, José Roberto Mota Lima, de 28. “Todo dia eu vou tirar leite aqui perto. Hoje mesmo eu encontrei um desses”, declarou apontando para a foto do bicho tirada pela vizinha.
Não foi preciso andar muito no bairro para entender o motivo de tanto deles da mesma espécie estarem “dando um alô” para os moradores em dias seguidos. A cada quadra, um terreno baldio com mato alto.
Um vizinho, que não quis se identificar, saiu logo dizendo pela grade do portão: “Aqui eu cuido bastante, coloco cal. Até agora não apareceu nada. É só olhar para os lados pra ver”, disse o morador se referindo aos terrenos com mato alto.
O bicho
Segundo o biólogo Isaias Pinheiro, do Centro Integrado de Vigilância Toxicológica do Estado (Civitox), não precisa ter medo do conhecido 'escorpião vinagre', que na realidade não é nem um escorpião. "Ele é um inseto. Não causa nenhum dano a saúde humana, a não ser uma possível irritação na mucosa ou nos olhos", explicou.
A substância liberada pelo bicho é o ácido asséptico, ainda de acordo com biólogo. Isaias explica que é importante que haja uma dedetização. "Procure uma empresa com registro confiável na Anvisa. Como qualquer outro inseto, esse morre com inseticida. Ele é feio, igual uma aranha grande, mas é inofensivo", concluiu.