CGN/LD
ImprimirA investigação sobre o abate de onças-pardas deve prosseguir por mais 60 dias para realização de “diligências imprescindíveis”. No último dia 24, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) deu parecer favorável para a dilação de prazo do inquérito, que apura crimes de caça ilegal e contra o sistema nacional de armas.
Os investigados são André Campos de Souza e João Ferreira de Moraes. Em 22 de junho, eles foram presos em flagrante por matarem dois animais na Fazenda Campo Novo, região da Serra da Alegria, em Rio Verde de Mato Grosso, a 207 km de Campo Grande.
Ambos acabaram soltos na audiência de custódia, mas foi autorizada a quebra do sigilo telefônico. O objetivo é descobrir se há mandante e caçada a mais onças, diante da suspeita de que 11 felinos foram abatidos “a mando do patrão”. A defesa nega que seja esse número de animais mortos.
Os dois capatazes pagaram fiança de R$ 13.200 (10 salários mínimos). Segundo documentos anexados ao processo, eles recebiam aproximadamente R$ 1.700 líquidos para exercer a função na fazenda. Um advogado que atuava no caso informou ter feito empréstimo aos trabalhadores para quitarem a fiança.
Além da multa, cada um dos envolvidos foi autuado em R$ 1.000 pela morte das onças, sendo R$ 500 por cada “cabeça” dos felinos.
No mês passado, o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou liminar para anular a quebra de sigilo telefônico de João Moraes, capataz que confessou o abate de duas onças-pardas. A defesa também buscava “trancar” a investigação.
A reportagem entrou em contato com a delegacia de Polícia Civil de Rio Verde do Mato Grosso na manhã desta segunda-feira (dia 7) e foi informada de que a investigação sobre o caso está em andamento.