EFE/AB
ImprimirRepresentantes dos 197 países-membros do Protocolo de Montreal se reúnem desde esta segunda-feira em Ruanda para debater uma modificação deste acordo que inclua mais medidas contra os hidrofluorcarbonetos (HFC) e permita uma maior proteção da camada de ozônio.
A reunião, que será realizada até sexta-feira em Kigali, a capital do país, procura impulsionar uma emenda ao Protocolo de Montreal, aprovado em 1987 para combater a destruição da camada de ozônio e que há muito tempo incorporou em sua agenda a luta contra os gases do efeito estufa que contribuem para o aquecimento do planeta.
Durante o primeiro dia, Ruanda, Marrocos e Estados Unidos pediram à comunidade internacional que este encontro permita conseguir um acordo para reduzir gradualmente a produção e o consumo de HFC, e evitar assim 0,5 graus centígrados de aquecimento global até o final de século.
Esses gases se encontram em ares condicionados, aparatos de refrigeração, espumas e aerossóis. Seu uso foi implementado para evitar outros gases que danificavam a camada de ozônio e agora procura substituí-los também porque têm um forte impacto no aquecimento global do planeta.
Atualmente, os HFC são os gases do efeito estufa que aumentam mais rapidamente e o poder de aquecimento de muitos deles supera entre cem e mil vezes o do dióxido de carbono.
O secretário de Estado americano, John Kerry, chegará a Kigali nos próximos dias para participar do encontro, onde os EUA esperam que uma modificação do Protocolo de Montreal se some ao sucesso alcançado com o Acordo de Paris, destinado a substituir em 2020 o Protocolo de Kioto.
O ministro ruandês de Recursos Naturais, Vincent Biruta, destacou que a modificação do protocolo permitirá à África e ao resto do mundo considerar a indústria verde que, a longo prazo, também ajudará a proteger a camada de ozônio.