CGN/LD
ImprimirO mês de novembro, em Campo Grande, registrou desvios históricos nas médias de calor e chuvas acumuladas. Relatório do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) divulgado ontem (5) mostra que as temperaturas ficaram 3,7ºC mais elevadas e que a precipitação foi 30% menor.
A média de temperaturas máximas para o mês, este ano, foi de 34,6°C: a maior desde 1973. Referência mais usada pelo instituto, a registrada entre 1981 a 2010 foi de 30,9ºC. O esperado era novembro ser menos quente e mais chuvoso.
A elevação de 3,7ºC supera os últimos dois novembros mais quentes, nos anos de 2019 e 2020. Em ambos, a média mensal havia ficado em 33,1ºC.
O dia 7 de novembro foi o dia mais quente. A máxima chegou a 38,5°C. Em todo o mês, somente quatro dias tiveram temperaturas abaixo dos 30°C, sendo a menor de 27,7°C, nos dias 1º e 2.
A média das temperaturas mínimas foi de 23,3°C, um desvio também muito elevado, de 3,1°C acima da média histórica de 20,2°C. É o segundo recorde dos novembros em que houve medição, perdendo somente para os 23,8°C de 2021.
Outro dado relevante é a variação da temperatura no dia 14 de novembro. Ela subiu 20,1ºC, da mínima de 13,9°C até a máxima de 34°C.
Em relação aos ventos, a maior rajada foi de 87 km/h, na noite do dia 29. Até o momento, foi a maior rajada deste ano.
Chuva - Choveu apenas 114,6 mm em todo o mês, valor 50 mm (30%) abaixo da média de 163,9 mm registrada entre 1981 e 2010.
Em relação ao mês anterior, houve precipitação 20 mm menor. A maior precipitação em 24 horas foi de 37,4 mm, totalizada no dia 30.
Considerando o total de precipitação de 1º de janeiro até 30 de novembro deste ano (1.295,6 mm), desvio está ligeiramente positivo, em 46,3 mm. Isso corresponde a 4% acima da climatologia do período, especialmente devido aos chuvosos quatro primeiros meses do ano.