A PMA (Polícia Militar Ambiental) encerrou às 8 horas desta segunda-feira (17) a Operação Padroeira do Brasil. A ação, que começou no dia 8 de outubro autuou 28 pessoas e aplicou R$ 246,7 mil em multas, entre elas uma em Coxim por desmatamento ilegal e duas em Costa Rica por degradação e construção em APP.
Conforme a PMA, a Operação Padroeira do Brasil contou com efetivo de 362 homens e está dentro da Operação Pré-piracema, que se estende até a meia noite do dia 6 de novembro.
Durante a operação foram 18 autuações por pesca ilegal, sendo quatro pescadores presos por pesca predatória. Foram apreendidos 157 kg de pescado, quatro barcos e quatro motores de popa. As multas aplicadas por pesca ilegal chegaram a R$ 15 mil.
Foram apreendidos e retirados dos rios 43 redes de pesca, duas tarrafas, 10 espinhéis e 394 anzóis de galho. A fiscalização intensificada é fundamental para a retirada desses petrechos proibidos, com alto poder de dizimação de cardumes.
Com relação aos petrechos apreendidos destacou-se a quantidade de redes, que foi um pouco mais que o dobro da última operação Padroeira do Brasil.
Na última operação Padroeira do Brasil, realizada em 2013, a PMA autuou 25 pessoas e aplicou R$ 78.800,00 em multas. Em 2014 e 2015 a operação não foi realizada.
Com relação aos outros crimes e infrações ambientais foram 10 autuações, com total de R$ 231.627,00 em multas aplicadas.
Estratégia
Os feriados prolongados da semana passada (Dia da Padroeira e divisão do Estado), além da chamada “Semana do Saco Cheio”, quando não há aulas em escolas e Universidades, fez com que a PMA dedicasse maior atenção aos rios, na prevenção e combate à pesca predatória, com uso de todo efetivo administrativo. De qualquer forma, outros crimes ambientais também foram fiscalizados.
O tráfico de animais silvestres também recebeu atenção especial, em virtude de que no Estado preocupa este período de setembro a dezembro, devido à reprodução do papagaio, que é o animal mais traficado.
Por conta do fechamento da pesca nos rios de Mato Grosso, no dia 1 de outubro, o comando da PMA priorizou a fiscalização na divisa com esse Estado, nos rios Correntes, bem como nas áreas mais longínquas do Pantanal, como Foz do rio Piquiri, rio São Lourenço, Cuiabá e Paraguai. Esses locais já são pontos extremamente preocupantes em que a PMA tem mantido fiscalização preventiva constante, porém, não houve incremento de pescadores além do normal no local.
Os comandantes das 25 subunidades empregaram todo o efetivo no trabalho de fiscalização em suas respectivas áreas de atuação. Quatro equipes da sede (Campo Grande) trabalharam itinerantes, fiscalizando todos os tipos de crimes e infrações ambientais, em vários municípios do estado.