PC de Souza
ImprimirTempo seco e maior incidência de ventos, uma combinação que começou com maior predominância antes do período previsto e tem sido uma das causas dos incêndios em grandes proporções na região do Pantanal. E a população deve ficar atenta para o impacto de queimadas em Mato Grosso do Sul. Provocadas ou acidentais, nas áreas urbanas ou rurais, elas podem ocasionar sérios prejuízos à comunidade, à natureza e à rede de energia elétrica.
Dados da Energisa MS apontam que em 2023, na área de atuação da empresa, foram registradas 15 ocorrências de queimadas que causaram a interrupção no fornecimento de energia para 15.709 clientes. Este ano, de janeiro até agora, houve registro de 13 ocorrências pela concessionária, interrompendo o fornecimento de energia para 4.823 clientes.
“Sem chuvas, com altas temperaturas e baixa umidade do ar, o cenário fica propício para a rápida dispersão do fogo. E, ainda que as chamas não atinjam diretamente a rede de energia, o calor intenso pode danificar cabos condutores, postes, equipamentos do sistema elétrico e causar a interrupção no fornecimento da energia para clientes da localidade, inclusive serviços essenciais”, enfatiza o coordenador de Construção e Manutenção da Energisa, João Ricardo Costa Nascimento.
De acordo com o Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima/MS), a tendência climática para o trimestre julho-agosto-setembro é de maior probabilidade de chuvas abaixo da média histórica em Mato Grosso do Sul. Ainda há previsão de dias mais quentes que o normal para o próximo trimestre. O Cemtec explica que esse panorama climático se dá pela ocorrência da La Niña, um fenômeno oceânico-atmosférico de resfriamento das águas do Pacífico e que, por consequência, gera mudanças que impactam no regime das chuvas e favorece o surgimento de mais massas de ar frio. As condições meteorológicas previstas também indicam maior ocorrência de incêndios florestais em comparação ao mesmo período do ano passado.
Para esse período de estiagem prolongada, a Energisa reforça o alerta sobre os riscos de incêndios em matas, terrenos baldios e áreas de pastagens. Nesse tipo de ocorrência, equipes especializadas da concessionária são direcionadas com o apoio do Corpo de Bombeiros, minimizando os impactos relacionados à distribuição de energia, enquanto é feito o trabalho de contenção do fogo pelos especialistas.
Atenção redobrada
Com o intuito de despertar a atenção da comunidade para a prevenção de queimadas, a Energisa listou algumas situações que devem ser evitadas:
• nunca jogue pontas de cigarro ou fósforos acesos em lixeiras, às margens de rodovias ou próximo a qualquer tipo de vegetação;
• não queime o lixo doméstico;
• não faça queimadas para limpar pastagem ou plantio agrícola;
• evite acender fogueiras, principalmente em locais perto da rede elétrica;
• não solte balões pois, dispersos pelos ventos, podem ocasionar incêndios de grandes proporções;
• quando acender uma fogueira, posteriormente apague as cinzas com água, para que o vento não leve as brasas para matas, terrenos baldios ou lixões;
• vale lembrar que realizar queimadas próximo às linhas de transmissão constitui crime federal previsto no Decreto 2.661, de julho de 1998, que proíbe atear fogo numa faixa de 15 metros dos limites de segurança das linhas de transmissão de energia e de 100 metros ao redor das subestações.
Se porventura presenciar uma situação de incêndios, a população precisa acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros, pelo número 193, e se o fogo estiver próximo aos cabos de energia elétrica, avisar também a Energisa pelo 0800 722 7272.