CG News/AB
ImprimirO Projeto Arara Azul elevou em 31% o número de ninhos monitorados no Pantanal sul-mato-grossense, de 455 para 599. Só de setembro até o momento, 55 ovos de araras-azuis foram contabilizados em 94 ninhos e 30 já eclodiram.
Um dos filhotes é do ninho apadrinhado pela Uniderp Anahnguera. A coordenadora do curso de Ciências Biológicas e pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da instituição, Luciana Paes de Andrade, a medida reforça a parceria iniciada há 20 anos, quando o Instituto Arara Azul deu suporte aos trabalhos de pesquisa e combate à extinção da ave.
“Além dos trabalhos no Projeto realizados desde 1994, a universidade adotou um ninho há alguns meses e já foram realizados cinco monitoramentos. Recentemente, recebemos a notícia do nascimento de uma arara-azul e estamos comemoramos os resultados positivos na preservação da espécie", revela.
Geralmente o período reprodutivo da Arara Azul acontece entre julho e janeiro, mas este ano deve se estender até fevereiro ou março de 2015 por conta de um atraso de seis semanas - reflexo das condições climáticas no Pantanal.
A bióloga responsável pelo Instituto Arara Azul, professora e pesquisadora da Anhanguera-Uniderp, Neiva Guedes, prevê que a observação será feita até dezembro. A previsão é de que mais 20 filhotes surjam até o fim deste ano.
Atualmente, o Projeto Arara Azul acompanha cerca de três mil aves, que vivem em 599 ninhos cadastrados por 57 fazendas, situadas nas regiões de Miranda, Aquidauana e Bonito, no Mato Grosso do Sul, e nos arredores de Barão de Melgaço, no Mato Grosso. Boa parte dos ninhos está localizada em regiões de difícil acesso, por isso o instituto conta com a ajuda da Fundação Toyota do Brasil, que cedeu picapes Hilux para que as equipes de biólogos transportem suprimentos e equipamentos necessários à realização dos trabalhos de campo.