Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024
Meio Ambiente
18/10/2024 15:57:00
Setembro marca seca histórica para mais de 40 cidades de MS

CE/LD

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Segundo dados meteorológicos já divulgados pelo Correio do Estado, o ano de 2024 foi o mais quente da história em Mato Grosso do Sul. Preocupados com a elevação extrema das temperaturas, principalmente durante o chamado 'inferno brasileiro', o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) divulgou nesta sexta-feira que 41 cidades do estado registraram chuvas abaixo da média histórica apenas no mês de setembro. Três cidades, entre os 44 municípios restantes, tiveram precipitações acima do esperado.

A seca extrema ocorrida no mês de setembro acendeu o sinal de alerta no município de Rio Verde de Mato Grosso, que registrou apenas 0,8 milímetro de chuva, enquanto a média histórica na cidade é de 56,8 mm. Isso representa um déficit de 99% em relação à precipitação esperada no município.

Outra cidade com registro preocupante foi Porto Murtinho, que teve apenas 2,2 mm de chuva, enquanto a média histórica é de 47,6 mm, acumulando um déficit de 95% em relação ao esperado. Na mesma lista, o município de Nhumirim/Nhecolândia também se destaca, com apenas 2,4 mm de chuva, enquanto a média para este período é de 43,9 mm, representando uma redução de 95%. Outras cidades afetadas incluem Costa Rica, com 95% abaixo da média, e Paranaíba, com 92%.

Segundo os estudos do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), as cidades da região pantaneira também registraram índices assustadoramente baixos de precipitação. Corumbá teve apenas 12 mm de chuva, enquanto a média histórica na Cidade Branca é de 41,6 mm, ficando 71% abaixo do esperado. Aquidauana também apresentou um cenário preocupante, com 18 mm de chuva, muito abaixo da média de 96,7 mm, acumulando um déficit de 81%.

No outro lado extremo da tabela, três cidades registraram média alta de chuvas

Bataguassu- 115,6 milímetros (27%)

Angélica- 123 milímetros (17%)

Bonito- 89,4 milimetros (8%)

Clima extremos em MS

Além das chuvas, outro destaque na tabela meteorologia foram os climas extremos que ocorreram no final do mês de agosto e setembro deste ano

No dia 25 de agosto, o município de Água Clara ganhou destaque nacional como a cidade mais seca do país, com umidade de 43,1%. Já Amambai foi a cidade mais fria do ano, registrando, dez dias depois, no dia 6 de setembro, a temperatura de 6,2°C, com sensação térmica abaixo de zero.

Falando em clima extremo, em setembro deste ano, Mato Grosso do Sul enfrentou dias de extrema seca, com as cidades de Coxim, Paranaíba e Sonora registrando apenas 7% de umidade relativa do ar.

De acordo com dados do Cemtec, boa parte do estado enfrentou secas consideradas moderadas a graves. A cidade que sofreu a seca mais extrema foi Cassilândia, que perdeu culturas e pastagens e enfrentou escassez de água.

Como está o nível dos rios?

Segundo dados meteorológicos de monitoramento, os rios do estado registraram, no mês de setembro, níveis mínimos abaixo da média histórica, com destaque para a cidade de Porto Murtinho, que apresentou o menor nível da série histórica. Outros pontos de monitoramento incluíram o Rio Paraguai, nas regiões de Porto Esperança e Ladário, que enfrentaram níveis críticos.

Qual a previsão nos próximos três meses?

Segundo o Cemtec, os dados meteorológicos climáticos indicam que as chuvas até o final do início de janeiro podem variar entre 500 a 700 milímetros, sendo de 700 a 800 mm na região norte do estado. A probabilidade das chuvas nessa região pode ficar dentro da média histórica do estado.

Na maior parte do estado, as temperaturas variam entre 24°C e 26°C. Nas regiões oeste, noroeste e norte, as temperaturas podem alcançar entre 26°C e 28°C.

Apesar da expectativa de muita chuva nos próximos três meses, os dados climáticos do Cemtec indicam que a temperatura do ar deve permanecer acima da média, prevendo um trimestre mais quente do que o normal.

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