Folha/PCS
ImprimirUm terremoto de magnitude 7,3 atingiu na noite desta terça-feira (21) o norte da Venezuela e foi sentido em diversos países da região, incluindo no Brasil.
O governo venezuelano disse que até o momento não há informações sobre mortos ou desabamentos. O tremor atingiu ainda Bogotá e outras cidades da Colômbia e algumas ilhas caribenhas e foi sentido na região norte do Brasil, incluindo em Boa Vista.
- Terremoto de 7.3 atinge a costa norte da Venezuela
O serviço geológico dos Estados Unidos disse que o terremoto aconteceu a uma profundidade de 123 quilômetros e teve seu epicentro próximo ao golfo de Cariaco, uma região pouco habitada onde os tremores de terra são comuns.
De acordo com especialistas ouvidos pela agência Reuters, a grande profundidade do tremor diminuiu sua força e provavelmente evitou uma grande destruição. Para comparação, o terremoto de 2010 no Haiti teve uma magnitude 7,0, mas deixou centenas de milhares de mortos.
O governador do estado venezuelano de Sucre, o mais próximo do epicentro, afirmou que apesar dos prédios terem balançado, não há mortos ou registros de desabamentos.A agência Associated Press disse que uma escada rolante caiu em um shopping de Cumaná, capital de Sucre, e que algumas pessoas ficaram feridas, mas ainda não há informações oficiais sobre o caso.
A Reuters disse que a PDVSA, a estatal venezuelana de petróleo, também não registrou problemas em suas instalações. Um aviso de tsunami chegou a ser emitido, mas já foi cancelado.No momento do tremor, o presidente da Assembleia Constituinte e aliado do ditador Nicolás Maduro, Diosdado Cabello, estava fazendo um discurso em Caracas ao fim de uma manifestação de apoio ao governo.
O evento estava sendo transmitido pela TV, que mostrou o momento que manifestantes começaram a gritar "terremoto", ao que o político respondeu que o tremor era "é a revolução bolivariana falando com o mundo".
Diversos moradores deixaram os prédios e foram para as ruas da capital, apesar de não haver registro de desabamentos na cidade. Com informações da Folhapress.