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ImprimirA vinícola Terroir Pantanal, destino gourmet de muitos moradores de Campo Grande, de outras cidades de Mato Grosso do Sul e até de outros estados, está sendo alvo de uma denúncia grave: a de usar rojões para afugentar araras azuis das parreiras das uvas cultivadas no local.
"O prejuízo é grande. O povo acha que a gente está perturbando eles porque a gente quer. A gente não quer é perder o investimento, para a gente investir e a arara pegar e comer", diz um funcionário da vinícola. Mais adiante, no mesmo vídeo, ele descreve: "Olha só, os cachos de uva todos comidos".
A vinícola em questão é um projeto de vinícola gourmet que se prepara para produzir seus primeiros vinhos com certificado de origem. Por enquanto, é um destino gastronômico onde as pessoas têm experiências de beber vinhos, comer pratos finos, em um espaço instagramável com a serra de Maracaju ao fundo, que passa pelo distrito de Camisão.
"Essa rua inteirinha, com mais de 50 metros, está assim", descreve o funcionário da vinícola.
Por causa dos disparos de fogos, que começaram com rojões de 12 tiros e depois passaram para rojões de 1 tiro a cada dois minutos, os vizinhos do misto de restaurante gourmet com vinícola queixaram-se ao proprietário, que encaminhou o seguinte áudio a um grupo de WhatsApp, cujo conteúdo o Correio do Estado teve acesso.
Neste áudio, a pessoa que diz ser responsável pelo Terroir Pantanal, diz que está trabalhando o máximo para "atenuar o problema". "A gente não quer molestar vocês".
No mesmo material, ele diz que não é um problema fácil de resolver.
"Nós fizemos o impossível para colocar túnel em todo o vinhedo, mas não pensem que nós conseguimos, porque é um produto importado", afirma.
No mesmo áudio ele admite que os foguetes incomodam a comunidade, não as araras. Ele cita estudantes das escolas rurais e moradores vizinhos. "Eliminamos o foguete de 10 tiros, e agora colocamos um pequeno, que dá um assovio e um tiro", contou.
Ambientalistas já estão denunciando os maus-tratos aos animais em grupos de WhatsApp. Eles afirmam que existem meios de o proprietário da vinícola proteger as uvas das aves, seja por meio da oferta de mais alimento para as araras nas redondezas, ou mesmo dos túneis citados por Gilmar no áudio, em que telas cobrem a plantação.