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ImprimirO cão é mesmo o melhor amigo…. das crianças – ao menos é isso que mostra um estudo coordenado por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Divulgados semana passada no Journal of Applied Developmental Psychology, os resultados mostram que crianças parecem estar mais satisfeitas com a relação que têm com seus animais de estimação do que com seus irmãos ou irmãs, além de se sentirem melhor na companhia dos bichinhos.
A pesquisa traz evidências de que ter animais em casa pode influenciar positivamente o desenvolvimento das crianças, melhorando suas habilidades sociais e seu bem-estar emocional. “Nós queremos saber quão fortes essas relações com os animais são em comparação a outros laços familiares próximos”, afirma em comunicado Matt Cassells, líder do estudo. “Isso pode nos levar a entender como animais contribuem para o desenvolvimento saudável da criança.”
Bons companheiros
Para realizar o estudo, a equipe de pesquisadores entrevistou crianças de 12 anos de 77 famílias, todas com pelo menos um animal de estimação de qualquer tipo e mais de um filho em casa. Os dados mostraram que as crianças parecem ter um relacionamento mais próximo com seus bichinhos do que com seus irmãos. No caso das famílias que possuíam cachorros, os resultados eram ainda mais expressivos.
“O fato de que os animais de estimação não conseguem conversar pode até ser um benefício, já que isso significa que eles são completamente acríticos”, afirma Cassells. O pesquisador também explica que, apesar de estudos anteriores terem encontrado evidências de que os meninos estabelecem relações mais próximas com seus bichinhos do que as meninas, a pesquisa que ele e sua equipe realizaram identificou o contrário.
A pesquisa foi feita em parceria com o Centro de Nutrição Animal WALTHAM. Nancy Gee, pesquisadora do centro e coautora do estudo, afirma que as evidências de que os animais desempenham um importante papel no desenvolvimento humano continuam crescendo. “O apoio social que os adolescentes recebem dos animais de estimação podem sustentar o bem-estar psicológico posteriormente, mas ainda há o que aprender sobre o impacto a longo prazo dos animais no desenvolvimento das crianças”, diz.