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Mundo
29/05/2014 10:11:58
A cada 2 minutos uma criança morre por falta de banheiros, alerta ONU
A cada dois minutos e meio uma criança morre no mundo devido aos problemas de saúde pública gerados pela falta de banheiros, o que obriga milhões de pessoas a defecarem ao ar livre, alertou nesta quarta-feira (28) o subsecretário-geral das Nações Unidas, Jan Eliasson.

R7/LD

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A\n cada dois minutos e meio uma criança morre no mundo devido aos \n problemas de saúde pública gerados pela falta de banheiros, o que obriga\n milhões de pessoas a defecarem ao ar livre, alertou nesta quarta-feira \n (28) o subsecretário-geral das Nações Unidas, Jan Eliasson. \n A falta de banheiros às vezes não é percebida como um problema, mas tem \n um "terrível impacto na saúde", acrescentou Eliasson no lançamento na \n sede das Nações Unidas de uma campanha sanitária para que o mundo todo \n tenha e use esse tipo de instalação. \n Atualmente, 1 bilhão de pessoas, ou 15% da população mundial, se veem \n obrigados a defecar ao ar livre. No entanto, se se conseguisse acabar \n com a prática, as mortes por casos de diarreia em crianças menores de \n cinco anos diminuiriam 36% em relação ao número atual, ressaltou \n Eliasson. \n As mortes, as doenças e a perda de produtividade implicam um custo de \n US$ 260 bilhões por ano, segundo os dados que Eliasson revelou durante a\n conferência. "Por isso agora é a hora de falar de forma aberta sobre a \n defecação ao ar livre e conseguir que o problema acabe", acrescentou o \n responsável das Nações Unidas ao explicar que a campanha de saúde busca \n "romper o silêncio" e o "embaraço" que ainda cerca esse tema. \n Embora o fim da defecação ao ar livre possa parecer algo sem \n importância, é uma questão muito importante, já que pode fazer diminuir a\n mortalidade infantil e juvenil, melhorar a saúde geral, a educação e a \n produtividade através de um projeto "concreto e específico", ressaltou \n Eliasson. \n Um dos objetivos-chave desta campanha lançada hoje é "romper o silêncio"\n que ainda existe em relação ao tema e se apoiar em líderes comunitários\n e políticos em "nível local" para que conheçam e se conscientizem sobre\n o problema. \n Mark Néon, representante permanente adjunto de Cingapura nas Nações \n Unidas, ressaltou por sua vez que "a falta de informação e os tabus" em \n relação a esse tema têm terríveis consequências que quase não são \n conhecidas devido ao "silêncio" que ainda existe sobre o tema da \n defecação. \n “Por exemplo, cada vez que uma mulher defeca ao ar livre pode ser \n estuprada, e muitas adolescentes abandonam o colégio por não ter um \n banheiro para usar quando passam a menstruar.” \n O representante também insistiu que, apesar de nas últimas décadas o \n número de pessoas sem latrinas ou banheiros ter diminuído no mundo todo,\n "ainda há muito a fazer".
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