Mundo
21/06/2012 11:39:32
Após Câmara aprovar processo no Paraguai, Lugo diz que não renuncia
Deputados aprovaram pedido de julgamento político do presidente. Impeachment é pedido após enfrentamento agrário que matou ao menos 17.
G1/PCS
Imprimir
O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, faz pronunciamento nesta quinta-feira (21) no palácio do governo, em Assunção, sobre o processo de impeachment (Foto: AFP)
\n "Este presidente não vai apresentar renúncia ao cargo e se submete com\n absoluta obediência à Constituição e às leis para enfrentar o julgamento\n político com todas as suas consequências", afirmou o chefe de Estado em\n uma mensagem à nação. Não existe nenhuma causa válida, nem política, nem\n jurídica, que me faça renunciar a este juramento", acrescentou.\n \n \n A Câmara paraguaia, controlada pela oposição, aprovou inesperadamente um\n pedido de julgamento político para destituirnbsp; Lugo por "mau desempenho\n de suas funções", informaram oficialmente fontes parlamentares.\n \n A petição foi aprovada por 73 votos contra 1, após a matança em Curuguaty, a\n 250 quilômetros\n a nordeste da capital, Assunção.\n \n Agora, o processo passará ao Senado, que também é controlado pelos\n adversários de Lugo. Caso seja aprovado, o julgamento de impeachment será\n realizado no Senado\n \n As próximas eleições presidenciais estão marcadas para 23 de abril de 2013,\n e o mandato de Lugo termina em 15 de agosto daquele ano.\n \n Eulalio López, líder sem-terra da Liga Nacional de Camperos, envolvida nos\n violentos choques com a polícia, pediu que seus partidários se mobilizem para\n defender o presidente.\n \n Em caso de renúncia do presidente, assumirá seu lugar o vice, Federico\n Franco, líder do Partido Liberal, componente da Aliança Patriótica para a\n Mudança (APC), a coalizão que venceu as eleições presidenciais de 2008.\n \n O presidente anunciou na quarta-feira a formação de um grupo civil que, com\n o apoio da OEA, vai investigar o conflito agrário.\n \n Lugo, um ex-bispo da religião católica, eleito há quatro anos com promessas\n de defender as necessidades dos pobres, tem tido dificuldades para levar sua\n agenda de reformas.
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias