Sábado, 5 de Julho de 2025
Mundo
04/11/2015 12:39:00
Atrás nas pesquisas, Maduro ameaça e aposta o que lhe resta: seu bigode
O presidente venezuelano voltou a fazer ameaças e afirmou que vai governar com uma "união cívico-militar" caso for derrotado nas eleições parlamentares de 6 de dezembro

Veja/PCS

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Foto: Edgard Garrido/Reuters)

Com péssima avaliação popular e vendo seus candidatos atrás nas pesquisas, o presidente venezuelano Nicolás Maduro mostra-se cada vez mais preocupado com as eleições de 6 de dezembro, quando os venezuelanos vão eleger novos parlamentares.

Nesta terça, ele voltou a apelar para o medo e ameaçou a "governar com uma união cívico-militar" se o chavismo for derrotado. Traduzindo o que ele disse em outras palavras, Maduro ameaçou um golpe contra a vontade popular e o resultado das urnas.

A apenas um mês das eleições que podem libertar a Assembleia Nacional do chavismo, Maduro vem proferindo uma ameaça atrás de outra para tentar "ganhar a qualquer custo" - como já disse em outra oportunidade. "O governo não vai perder, a eleição já está perdida", frisou Julio Borges, candidato a deputado pelo partido opositor Primeiro Justiça, citando seis estudos de opinião onde a diferença entre o chavismo e a oposição alcançam entre 20 e 30 pontos.

Aposta

Com uma reprovação que beira os 80%, o presidente da Venezuela apostou o que lhe resta para cumprir sua meta de terminar 2015 com a entrega de um milhão de casas populares: seu bigode. A promessa foi feita em seu programa semanal "Em Contato com Maduro", que é transmitido todas as noites de terças-feiras pelas emissoras de rádio e televisão estatais do país.

O chefe de Estado pediu em tom jocoso aos operários da construção que o ajudassem a ganhar a aposta. "Digo a meus irmãos trabalhadores, operários e operárias, aos engenheiros: trabalhem para que eu não tenha que raspar o bigode. Não, mentira. É uma piada. Trabalhem porque é preciso que o nosso povo tenha moradia", afirmou o presidente venezuelano. Até 14 de outubro, o governo tinha entregado 742.501 casas, segundo detalhou o ministro da Habitação e Habitat, Manuel Quevedo.

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