Mundo
04/09/2014 08:16:21
Brasil é o 8º país com mais suicídios no mundo, aponta relatório da OMS
Novo relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde, a OMS, chama a atenção de governos para o suicídio, considerado um grande problema de saúde pública que não é tratado e prevenido de maneira eficaz.
G1/LD
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Novo relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde, a OMS, chama a\n atenção de governos para o suicídio, considerado um grande problema de saúde\n pública que não é tratado e prevenido de maneira eficaz.
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\n Segundo o estudo, 804 mil pessoas cometem suicídio todos os anos taxa de 11,4\n mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. De acordo com a agência das\n Nações Unidas, 75% dos casos envolvem pessoas de países onde a renda é\n considerada baixa ou média.\n \n O Brasil é o oitavo país em número de suicídios. Em 2012, foram registradas\n 11.821 mortes, sendo 9.198 homens e 2.623 mulheres (taxa de 6,0 para cada grupo\n de 100 mil habitantes). Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na\n quantidade de mortes alta de 17,8% entre mulheres e 8,2% entre os homens. O\n país com mais mortes é a Índia (258 mil óbitos),nbsp; seguido de China (120,7\n mil), Estados Unidos (43 mil), Rússia (31 mil), Japão (29 mil), Coreia do Sul\n (17 mil) e Paquistão (13 mil).\n \n O levantamento diz ainda que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio e\n apenas 28 países do mundo possuem planos estratégicos de prevenção. A\n mortalidade de pessoas com idade entre 70 anos ou mais é maior, de acordo com a\n pesquisa.
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\n Dificuldades
\n Para a OMS, o tabu em torno deste tipo de morte impede que famílias e governos\n abordem a questão abertamente e de forma eficaz. Aumentar a conscientização e\n quebrar o tabu é uma das chaves para alguns países progredirem na luta contra\n esse tipo de morte, diz o relatório.
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\n O estudo da OMS aponta que os homens cometem mais suicídio que as mulheres. Nos\n países ricos, a taxa de mortalidade de pessoas do sexo masculino é três vezes\n maior que a de óbitos envolvendo o sexo feminio.\n \n Sobre as causas, o relatório afirma que em países desenvolvidos a prática\n tem relação com desordens mentais provocadas especialmente por abuso de álcool\n e depressão. Já nos países mais pobres, as principais causas das mortes são a\n pressão e o estresse por problemas socioeconômicos.\n \n Muitos casos envolvem ainda pessoas que tentam superar traumas vividos\n durante conflitos bélicos, desastres naturais, violência física ou mental,\n abuso ou isolamento.\n \n Resposta nacional
\n De acordo com a OMS, uma maneira de dar uma resposta nacional a este tipo de\n morte é estabelecer uma estratégia de prevenção, como a restrição de acesso a\n meios utilizados para o suicídio (armas de fogo, pesticidas e medicamentos),\n redução do estigma e conscientização do público. Também é preciso fomentar a\n capacitação de profissionais da saúde, educadores e forças de segurança,\n segundo o estudo.\n \n Para a agência, os serviços de saúde têm que incorporar a prevenção como\n componente central. Os transtornos mentais e consumo nocivo de álcool\n contribuem para mais casos em todo o mundo. A identificação precoce e eficaz\n são fundamentais para conseguir que as pessoas recebam a atenção que\n necessitam.\n \n Morte de Robin Williams
\n O suicídio do ator Robin Williams, ocorrido há menos de um mês, reacendeu o\n debate sobre o tema. O histórico de depressão e de dependência de álcool,\n características apresentadas pelo ator Robin Williams, são dois importantes\n fatores de risco para o suicídio.\n \n O ator de 63 anos morreu no dia 11, depois de se enforcar com um cinto, de\n acordo com a polícia local. Segundo a agente do ator, Mara Buxbaum, ele estava\n lutando contra uma depressão severa e já tinha sido internado várias vezes em\n clínicas de reabilitação por problemas com drogas e álcool. A última internação\n foi em julho.\n \n Segundo o psiquiatra Geraldo Possendoro, professor convidado de Medicina\n Comportamental da Unifesp, em mais de 90% dos casos de suicídio, a pessoa já\n tinha alguma doença psiquiátrica. Ele acrescenta que não é incomum que pessoas\n com depressão e que não são tratadas adequadamente recorram a drogas e álcool\n para aliviar o sofrimento.\n \n A psicóloga Karen Scavacini, cofundadora do Instituto Vita Alere de\n Prevenção e Posvenção do Suicídio, afirma que além dos sinais diretos que a\n pessoa emite quando tem a intenção de se matar falar explicitamente que quer\n morrer, por exemplo alguns sinais indiretos também podem ser percebidos.\n \n A pessoa começa a se despedir de parentes e amigos, pode apresentar muita\n irritabilidade, sentimento de culpa, choros frequentes. Também pode começar a\n colocar as coisas em ordem e ter uma aparente melhora de um quadro depressivo\n grave, de uma hora para outra. Muitas vezes, isso significa que já se decidiu\n pelo suicídio, por isso fica mais tranquila. É a falsa calmaria, diz.\n Comportamentos de risco desnecessários podem ser observados nesse período.
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\n Segundo o estudo, 804 mil pessoas cometem suicídio todos os anos taxa de 11,4\n mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. De acordo com a agência das\n Nações Unidas, 75% dos casos envolvem pessoas de países onde a renda é\n considerada baixa ou média.\n \n O Brasil é o oitavo país em número de suicídios. Em 2012, foram registradas\n 11.821 mortes, sendo 9.198 homens e 2.623 mulheres (taxa de 6,0 para cada grupo\n de 100 mil habitantes). Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na\n quantidade de mortes alta de 17,8% entre mulheres e 8,2% entre os homens. O\n país com mais mortes é a Índia (258 mil óbitos),nbsp; seguido de China (120,7\n mil), Estados Unidos (43 mil), Rússia (31 mil), Japão (29 mil), Coreia do Sul\n (17 mil) e Paquistão (13 mil).\n \n O levantamento diz ainda que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio e\n apenas 28 países do mundo possuem planos estratégicos de prevenção. A\n mortalidade de pessoas com idade entre 70 anos ou mais é maior, de acordo com a\n pesquisa.
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\n Dificuldades
\n Para a OMS, o tabu em torno deste tipo de morte impede que famílias e governos\n abordem a questão abertamente e de forma eficaz. Aumentar a conscientização e\n quebrar o tabu é uma das chaves para alguns países progredirem na luta contra\n esse tipo de morte, diz o relatório.
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\n O estudo da OMS aponta que os homens cometem mais suicídio que as mulheres. Nos\n países ricos, a taxa de mortalidade de pessoas do sexo masculino é três vezes\n maior que a de óbitos envolvendo o sexo feminio.\n \n Sobre as causas, o relatório afirma que em países desenvolvidos a prática\n tem relação com desordens mentais provocadas especialmente por abuso de álcool\n e depressão. Já nos países mais pobres, as principais causas das mortes são a\n pressão e o estresse por problemas socioeconômicos.\n \n Muitos casos envolvem ainda pessoas que tentam superar traumas vividos\n durante conflitos bélicos, desastres naturais, violência física ou mental,\n abuso ou isolamento.\n \n Resposta nacional
\n De acordo com a OMS, uma maneira de dar uma resposta nacional a este tipo de\n morte é estabelecer uma estratégia de prevenção, como a restrição de acesso a\n meios utilizados para o suicídio (armas de fogo, pesticidas e medicamentos),\n redução do estigma e conscientização do público. Também é preciso fomentar a\n capacitação de profissionais da saúde, educadores e forças de segurança,\n segundo o estudo.\n \n Para a agência, os serviços de saúde têm que incorporar a prevenção como\n componente central. Os transtornos mentais e consumo nocivo de álcool\n contribuem para mais casos em todo o mundo. A identificação precoce e eficaz\n são fundamentais para conseguir que as pessoas recebam a atenção que\n necessitam.\n \n Morte de Robin Williams
\n O suicídio do ator Robin Williams, ocorrido há menos de um mês, reacendeu o\n debate sobre o tema. O histórico de depressão e de dependência de álcool,\n características apresentadas pelo ator Robin Williams, são dois importantes\n fatores de risco para o suicídio.\n \n O ator de 63 anos morreu no dia 11, depois de se enforcar com um cinto, de\n acordo com a polícia local. Segundo a agente do ator, Mara Buxbaum, ele estava\n lutando contra uma depressão severa e já tinha sido internado várias vezes em\n clínicas de reabilitação por problemas com drogas e álcool. A última internação\n foi em julho.\n \n Segundo o psiquiatra Geraldo Possendoro, professor convidado de Medicina\n Comportamental da Unifesp, em mais de 90% dos casos de suicídio, a pessoa já\n tinha alguma doença psiquiátrica. Ele acrescenta que não é incomum que pessoas\n com depressão e que não são tratadas adequadamente recorram a drogas e álcool\n para aliviar o sofrimento.\n \n A psicóloga Karen Scavacini, cofundadora do Instituto Vita Alere de\n Prevenção e Posvenção do Suicídio, afirma que além dos sinais diretos que a\n pessoa emite quando tem a intenção de se matar falar explicitamente que quer\n morrer, por exemplo alguns sinais indiretos também podem ser percebidos.\n \n A pessoa começa a se despedir de parentes e amigos, pode apresentar muita\n irritabilidade, sentimento de culpa, choros frequentes. Também pode começar a\n colocar as coisas em ordem e ter uma aparente melhora de um quadro depressivo\n grave, de uma hora para outra. Muitas vezes, isso significa que já se decidiu\n pelo suicídio, por isso fica mais tranquila. É a falsa calmaria, diz.\n Comportamentos de risco desnecessários podem ser observados nesse período.
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