Band/LD
ImprimirSerá executado na tarde do próximo sábado o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos. Ele foi preso por tráfico de drogas na Indonésia em 2003 e condenado à pena morte no mesmo país em 2004.
O comunicado foi feito pelo governo da Indonésia. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o advogado de Marco, pago pelo governo brasileiro, disse que apenas a intervenção da presidente Dilma Rousseff (PT) diretamente ao presidente do país, Joko Widodo, poderia adiar a execução. Até esta manhã, no entanto, Widodo não havia respondido aos pedidos de contato feitos pelo Brasil.
Marco Archer já foi informado sobre a execução. Na quarta-feira, ele foi transferido da prisão onde estava - a 400 quilômetros de Jacarta - para outra unidade, onde os presos costumam ficar antes da morte. A execução se dará por fuzilamento.
Marco Archer ficou "chocado" ao saber da execução, disse o advogado dele à Folha de S. Paulo. Uma tia do brasileiro viajou para a Indonésia nessa quarta-feira. O brasileiro não tem filhos e os pais dele já estão mortos.
Se confirmada a morte, esta será a primeira execução de um brasileiro no exterior. Marco Archer era instrutor de voo livre e foi preso ao entrar na Indonésia com 13,4 quilos de cocaína escondidos em tubos de uma asa-delta.
Outro brasileiro condenado à morte na Indonésia é Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos. Preso por tráfico de drogas, ele teve o pedido de clemência rejeitado pelo presidente Joko Widodo e não há mais impedimentos legais para a execução.
Desde que assumiu a presidência, em outubro passado, Widodo adotou medidas mais duras aos traficantes, promento a execução. A Indonésia tem 64 presos no corredor da morte.