\n \n O\n Fusca não é um mero meio de transporte. Além de hoje ser objeto de desejo de\n colecionadores que frequentemente pagam fortunas por um exemplar, seus donos\n costumam ter histórias de afeto para contar sobre seus carros. Isso, aliás, se\n percebe ao atentar para os apelidos que o modelo ganhou ao redor do mundo: além\n do já conhecido por aqui, há "Käffer", na Alemanha, que significa\n "besouro"; no Chile e na Espanha, chama-se "escarabajo",\n escaravelho; na França, "coccinelle", joaninha; no Reino Unido,\n "beetle", também besouro. \n \n É\n difícil imaginar que um produto tão carinhosamente apelidado tenha sido\n encomendado por nada menos que o governo de Adolf Hitler, e lançado para\n ostentar o desenvolvimento tecnológico da Alemanha nas recém-construídas\n Autobahns, as famigeradas auto-estradas do país. \n \n Seu\n projeto é atribuído a Ferdinand Porsche, mas várias empresas estiveram\n envolvidas no processo de criação do Fusca, e até mesmo o próprio governo\n alemão. Isso culminou na fundação de uma fábrica dedicada exclusivamente ao\n modelo. À época, as fábricas alemãs eram, em sua maioria, direcionadas a\n veículos de luxo, montados manualmente, o que os tornava excessivamente caros.\n O Fusca viria a ser um carro pequeno, econômico, eficiente e de fácil produção.\n Literalmente um Volkswagen - um carro do povo alemão.\n \n Lançado\n em 1939, ele chegaria ao Brasil em 1950, importado e originalmente chamado de\n Volkswagen Sedan, e começaria a ser produzido aqui, com peças nacionais, em 1959. A produção nacional\n aconteceu até 1986, quando foi interrompida, para ser retomada em 1993, a pedido do então\n presidente Itamar Franco, até 1996, ano em que foi definitivamente suspensa. Ao\n final deste período, haviam sido produzidos em território nacional mais de 3\n milhões de unidades.