\n \n Dois estudantes dos Estados Unidos, estrelas de uma equipe de\n futebol americano de uma escola em Ohio, começam nesta quarta-feira a ser\n julgados pela acusação de estuprar uma colega de classe em uma festa, num caso\n que ganhou notoriedade nas mídias sociais e causou polêmica no país. \n \n Os estudantes, que tinham 16 anos na época do incidente, em agosto\n do ano passado, são acusados de estuprar a garota quando ela estava\n extremamente alcoolizada, incapaz de resistir ou de se comunicar. \n \n A adolescente foi à polícia após ouvir relatos de amigos no dia\n seguinte, mas disse não se lembrar do incidente. Os advogados dos dois rapazes\n dizem que eles são inocentes. \n \n O caso, que aconteceu na pequena cidade de Steubenville, de apenas\n 18 mil habitantes, ganhou notoriedade nos Estados Unidos por conta da\n repercussão em redes sociais na internet. \n \n Horas após o incidente, mensagens, vídeos e fotos - incluindo\n imagens da suposta vítima descritas como comprometedoras e explícitas - foram\n postadas na internet e distribuídas. \n \n Uma imagem postada no Twitter mostrava duas pessoas carregando uma\n menina desmaiada pelas mãos e pelos pés. Outro colega postou um vídeo no qual\n caçoava do suposto estupro. \n \n Nas trocas de mensagens sobre o caso, muitas delas dos próprios\n colegas dos adolescentes, as palavras "estupro" e "garota\n bêbada" foram usadas com frequência. Algumas delas sugeriam que os\n suspeitos urinaram sobre a menina inconsciente. \n \n Foto de menor nua \n \n Os dois estudantes foram presos no dia 22 de agosto, 11 dias\n depois da festa. Eles foram indiciados por estupro e sequestro, por conta da\n acusação de levar a adolescente inconsciente a várias festas durante aquela\n noite. Um deles também foi indiciado por divulgação de foto da menor nua. A\n acusação de sequestro foi depois retirada, e os dois foram mantidos em prisão\n domiciliar desde então, aguardando o julgamento, que acontecerá em uma corte\n juvenil. \n \n Um exame de corpo delito\n feito pela vítima mais de um dia após o incidente não conseguiu coletar provas,\n como sêmen, que pudessem ser usadas para confirmar o estupro, segundo a\n polícia. Investigadores também vêm tentando, muitas vezes sem sucesso,\n recuperar mensagens e fotos de telefones e iPads confiscados\n \n \n