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13/01/2015 13:57:00
Família de catarinense morto diz que não acredita em participação da máfia

G1/LD

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A família de Dealberto Jorge Silva, 35 anos, disse que não acredita em envolvimento da máfia mexicana na morte do empresário catarinense morto no México. A afirmação é com base nas informações repassadas pela polícia mexicana, que nega a participação de algum grupo criminoso. Uma coincidência de fatos levou ao que o primo da vítima, Juliano Girolla, chamou de boatos. Para a família, com a informação que possui até agora, um acidente resultou na morte do morador de Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina.

A vítima e o irmão, Fernando Silva, de 33 anos, moravam em Jaraguá do Sul, no Norte catarinense. Eles viajaram para o México, no dia 2 de janeiro para o casamento de um amigo. Depois da festa, ficaram na cidade para participar de um festival de música eletrônica, disseram familiares à RBS TV. Até a última quarta (7), os dois postaram imagens da viagem em suas redes sociais. Depois disso, pararam de publicar e desapareceram.

"Nem a polícia, nem nenhum dos amigos tem qualquer indício para acreditar que exista de fato algum envolvimento com máfia mexicana", afirmou o primo. "Na verdade mesmo, tudo parece ser uma triste coincidência de fatos que, enfim, levaram a essa conclusão", continuou. Com as informações que a família tem até agora, ele acredita que houve um acidente com Dealberto.

Incertezas

Ainda havia poucas convicções sobre o caso até a manhã desta terça (13). Segundo o primo, a polícia mexicana confirmou que Dealberto morreu após cair de uma altura de cerca de 10 metros, de um prédio na região de Playa del Carmen. Essa era a área em que a vítima estava hospedada, mas a queda não ocorreu do hotel dele. O primo afirmou que a região é formada por vários prédios de dois a três andares, mas ele não tem a confirmação se o edifício do qual Dealberto caiu também era um hotel.

O balneário de Playa del Carmen fica 70 quilômetros ao Sul de Cancún. O corpo foi reconhecido por uma amiga que viajava com os irmãos. Já o mais jovem, Fernando, foi inicialmente dado como desaparecido por familiares e amigos.

Em relação ao translado do corpo, o advogado afirmou que a família "deu início aos procedimentos cabíveis para isso", mas que não sabe quanto tempo levará para que ele seja completado.

Novo contato com a família

Sobre Fernando, o primo disse que ele fez contato na noite de segunda (12) e que estava "em estado de choque". Sem dar detalhes, o advogado diz que Fernando está "em um local seguro" e a família tenta fazer com que ele volte o quanto antes ao Brasil.

Apoio de autoridades

A embaixada do Brasil no México informou na tarde de segunda que acompanha a investigação da morte do catarinense e do paradeiro do irmão dele. Segundo o embaixador João Solano, o caso é monitorado à distância, a partir da capital, que fica a aproximadamente 2,5 mil quilômetros de Playa del Carmen. Solano afirmou que o corpo do catarinense está no serviço médico forense da cidade.

Por meio de nota, o Itamaraty limitou-se a confirmar o "falecimento de nacional brasileiro no México", mas não revelou a identidade da vítima. "O MRE [Ministério das Relações Exteriores], por meio do Consulado-Geral do Brasil na Cidade do México, mantém contato com os familiares do brasileiro falecido e com as autoridades competentes mexicanas responsáveis pelo tratamento do caso", comunicou na tarde desta segunda.

Alerta para família

No fim de semana, amigos dos jovens receberam uma mensagem de áudio em que, segundo eles, Dealberto alerta sobre um possível sequestro e pede ajuda.

"Irmão, eu estou para ser sequestrado por aquela amiga do Marchetti, a russa. Tem muita gente, está muito estranho, e avise a Polícia Federal, alguma coisa assim, cara. Eu estou passando na frente do Hotel The Royal, em Cancún, Playa del Carmen, está todo mundo me olhando. Já está vindo carro, já deu coisa estranha. Muito estranha. Entendesse? Então, só avisa a imigração de problemas, por favor. Avisa a polícia. Muito estranho", diz a vítima na gravação.

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