\n \n \t \t \t \t \t \t \t \t O Senado paraguaio aprovou, no final da tarde desta \n sexta-feira, o processo de impeachment do presidente Fernando Lugo. A \n votação obteve a maioria absoluta, com 39 votos a favor da condenação, \n quatro contra e duas abstenções; 30 votos eram necessários para aprovar o\n impeachment de Lugo, que agora deve deixar o poder e ser substituído \n pelo vice-presidente, Federico Franco.\n \n O pedido já havia sido aprovado por quase unanimidade (73 votos a 1) \n na quinta-feira na Câmara dos deputados, e chegou ontem mesmo à casa dos\n senadores. A decisão implica no fim da presidência de Lugo, desde 2008 \n no poder; seu mandato iria até agosto de 2013.\n \n Os trabalhos no Senado começaram hoje por volta do meio-dia, quando a\n equipe de defesa de Lugo se pronunciou, sem a presença do presidente, \n por cerca de duas horas. Seguiram-se apreciações dos senadores e nova \n rodada de manifestações da acusação dos deputados e dos advogados do \n mandatário. Assim, o impeachment foi sugerido e aprovado em menos de \n 36h.\n \n Enquanto as partes presentes no Senado debatiam o futuro do \n presidente, a comunidade latino-americana chamava forte atenção para o \n processo político em curso no Paraguai. A manifestação mais forte foi da\n União das Nações Sul-americanas, que, por meio de uma equipe especial \n de chanceleres enviada a Assunção, declarou que o impeachment \n significaria uma ameaça à ordem constitucional e à democracia na América\n Latina. No horizonte, acena-se para um isolamento político do país.\n \n Fernando Lugo, ex-bispo eleito em 2008 pela Aliança Patriótica para a\n Mudança (Alianza Patriótica para el Cambio), primeiro anunciou que \n aceitaria o julgamento, embora declinasse qualquer chance de renúncia. \n Hoje, contrariando as expectativas, Lugo não se fez presente no Senado \n e, mais tarde, anunciou que respeitaria o julgamento do Senado.Informações Terra