\n \n O\n Google anunciou que todos os seus serviços foram retirados do ar na China a\n partir de sexta-feira, um dia depois do início do Congresso do Partido\n Comunista, que definirá a cúpula governante do país. \n \n Segundo\n a empresa, foi registrada uma forte redução do tráfego em todos os sites\n controlados pelo Google, como YouTube, Gmail e Blogger. O incidente foi\n incluído em sua atualização de problemas. \n \n As\n causas ainda são desconhecidas para o Google, que se refere à interrupção como\n um problema técnico. A suspeita da empresa é de um bloqueio ou ataque de\n hackers. "Nós verificamos e não há nada de errado nos nossos\n servidores", disse a porta-voz do Google, Christine Chen. \n \n Para\n o site GreatFire, que compila informação sobre a internet chinesa, a\n paralisação dos produtos do Google foi feita pelo governo. "A maior\n questão é se vão desbloquear os serviços após o fim do Congresso". \n \n O\n grupo diz que nunca tantas pessoas foram afetadas pelo suposto bloqueio, sem\n dar números. \n \n CENSURA \n \n Caso\n seja confirmada a intervenção de Pequim, será mais uma das tentativas do regime\n comunista de limitar o acesso aos sites à população local, em especial dos\n dissidentes políticos, durante o Congresso do Partido Comunista, que termina na\n quarta. \n \n Outras\n medidas para assegurar o fechamento da decisão do PC chinês foram tomadas, como\n substituir livros supostamente contrários ao governo em livrarias até a\n proibição de balões em Pequim para não levar mensagens de protesto. \n \n A\n velocidade da internet foi reduzida e diminuiu a quantidade de depoimentos\n contrários ao encontro, mas não os impediram, como as sátiras feitas em algumas\n redes sociais. \n \n A\n relação do Google com os chineses é complicada. O site de vídeos YouTube está\n bloqueado no país desde 2009, enquanto o Gmail foi interrompido parcialmente em\n diversas ocasiões nos últimos anos, incluindo nos protestos da Primavera Árabe.\n \n \n Há\n duas semanas, Pequim decidiu bloquear o jornal americano "New York\n Times" após o diário publicar uma matéria sobre o enriquecimento do premiê\n Wen Jiabao.