\n \n A escolha do sucessor de Bento XVI poderá ser feita por até 115\n cardeais, aptos a votar no conclave, dos quais cinco são brasileiros. O\n arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação para o Clero,\n dom Claudio Hummes, e o arcebispo de Aparecida (SP), dom Raymundo Damasceno\n Assis, ressaltaram que a iniciativa de Bento XVI de renunciar dá início a uma\n nova fase na Igreja Católica Apostólica Romana.\n \n “Creio que vai abrir novas portas, claro. A Igreja está em uma\n situação nova e, talvez, seja a oportunidade para outras coisas acontecerem\n para o bem da Igreja”, destacou dom Hummes, sem entrar em detalhes.\n \n Para o arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da\n Congregação para o Clero, mesmo após Bento XVI deixar o pontificado, ainda\n permanece uma sensação de surpresa entre os fiéis e religiosos. “Ninguém sabia\n [da renúncia], ninguém supunha. Isso nos tomou de surpresa. Inicialmente\n estavam todos perplexos. Ainda estamos perplexos, porque é um tempo novo,\n realidades novas; o conclave vai ser feito em uma situação nova, diferente dos\n conclaves anteriores.”\n \n Para dom Damasceno, o ato da renúncia de Bento XVIdeve ser\n compreendido como algo “profético”. “É um gesto de humildade, de grandeza,\n coragem, porque o papa sabia das repercussões de seu gesto.”\n \n O arcebispo de Aparecida destacou a sensação quase que inédita\n decorrente da ação de Bento XVI: “É algo inusitado que pegou a Igreja de\n surpresa, embora ele tenha feito alusões à possível renúncia. Mas uma coisa é\n fazer alusões, outra é renunciar mesmo. A gente nunca sabe se fato isto iria se\n concretizar. Ele deixou em aberto esta possibilidade. O gesto é profético neste\n cenário”. \n \n \n \n \n