O Globo/LD
ImprimirMais de cem presos escaparam durante a passagem do furacão Irma pelas Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe, informou, nesta terça-feira, o ministro das Relações Exteriores Sir Alan Duncan. Segundo ele, há uma "séria ameaça de colapso total da lei e da ordem" na ilha e que soldados da Marinha foram enviados na sexta-feira para "proteger o governador".
"Nós mantivemos e mantemos a lei e a ordem nas Ilhas Virgens Britânicas, que em certo ponto poderiam ameaçar dramaticamente a situação desafortunada das pessoas atingidas pelo furacão", disse Duncan durante pronunciamento no parlamento britânico.
O chanceler do Reino Unido, Boris Johnson, está com viagem marcada para o Caribe em meio as críticas que a resposta do Reino Unido aos danos causados pelo furacão foi "devagar demais".
O Irma causou grande devastação em muitas ilhas do Caribe e deixou quase 40 mortos na sua passagem pela área: 10 na parte francesa e quatro na área holandesa de Saint Martin, quatro nas Ilhas Virgens americanas, seis nas Ilhas Virgens britânicas e no arquipélago de Anguilla, dois em Porto Rico e um em Barbuda.
A devastação causada pelo furacão no Caribe foi grande. Quase um terço dos edifícios da parte holandesa da ilha caribenha de Saint Martin, por exemplo, foi destruído e mais de 90 por cento foi danificados pelo furacão Irma, disse a Cruz Vermelha da Holanda nesta terça-feira.
"O dano em St. Martin é maior do que se pensava", disse a Cruz Vermelha em um comunicado, sobre a ilha metade francesa, metade holandesa. "Além de distribuir alimento e água, a Cruz Vermelha providenciará mais abrigos de emergência".
MACRON E REI VEEM ESTRAGOS
O presidente francês, Emmanuel Macron, e o rei da Holanda viajaram nesta terça-feira para o Caribe para constatar a extensão "sem precedentes" dos danos e tentar amenizar o descontentamento dos habitantes diante da falta de organização.
O ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, era esperado nas Ilhas Virgens Britânicas e Anguilla. Londres também tem sido criticada pela gestão da catástrofe que deixou pelo menos 40 mortos no Caribe e na Flórida.
Os governos francês, holandês e britânico são acusados de demorar para enviar socorro e reforçar a segurança nas ilhas, mergulhadas no caos e, por vezes, entregues aos saques depois da passagem do furacão.
Em Miami, moradores começam a retornar para suas casas, embora o governo local advirta que ainda não chegou a hora de retornar às zons mais afetadas, a incerteza sobre o futuro faz com que muitas pessoas formem caravanas para a viagem, o que muitas vezes inclui várias gerações e animais de estimação na estrada.