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ImprimirEquipes de resgate localizaram na madrugada deste sábado (26) o corpo do menino Julen Roselló, de 2 anos, que caiu em um poço em Totalán, no sul da Espanha, há quase duas semanas. O caso provocou comoção nacional no país.
Segundo as autoridades, Julen foi encontrado sem vida no fundo do poço de 25 centímetros de diâmetro e 107 metros de profundidade.
"Lamentavelmente, às 1h25 desta madrugada, as equipes de resgate chegaram ao ponto do poço onde procuravam Julen e encontraram seu corpo sem vida", escreveu no Twitter um funcionário do governo da Andaluzia, Alfonso Gómez de Celis.
Uma Comissão Judicial foi ativada para investigar o que aconteceu. O prefeito de Málaga, Francisco de la Torre, anunciou luto oficial na cidade pela morte de Julen.
O resgate era considerado o mais complexo da história da Espanha. Dezenas de máquinas, brocas e tratores foram usados para remover 83 mil metros cúbicos de terra para cavar um poço paralelo para chegar ao fundo do túnel.
Os mineiros começaram a descer na quinta-feira (24) por uma estrutura metálica para escavar outro túnel horizontal de quatro metros para atingir o buraco onde estava a criança.
Também participaram dos trabalhos uma equipe de agentes civis especializados em bombas. Não se sabia se o menino estava vivo, e as autoridades tentaram até o final, mantendo as esperanças.
Minutos antes da notícia ser divulgada, na casa onde estiveram hospedados por vários dias, os pais da criança passaram por momentos de tensão e ouviram gritos de "de novo não!, De novo não!". Possivelmente em referência ao outro filho, de 3 anos, irmão mais velho de Julen, que o casal perdeu há alguns anos.
Para esclarecer as circunstâncias da queda, em um poço que precisava de sinalização, a Guarda Civil interrogou os pais, o dono do terreno e os responsáveis pelas prospecção do buraco.
De acordo com a agência Efe, o carro funerário, que previsivelmente transporta os restos mortais do pequeno Julen, deixou o local por volta das 4h (hora local). Quase simultaneamente, as equipes que participaram do resgate também deixaram a área de trabalho, incluindo os oito mineiros que por mais de 30 horas procuraram a criança.