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Mundo
03/06/2013 09:00:00
Mundo terá 208 milhões de desempregados até 2015, prevê OIT
Um relatório lançado nesta segunda-feira pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, prevê que o número de desempregados em todo o mundo deva aumentar para 208 milhões nos próximos dois anos.

Rádio ONU/LD

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\n \n Um relatório lançado nesta segunda-feira pela Organização\n Internacional do Trabalho, OIT, prevê que o número de desempregados em todo o\n mundo deva aumentar para 208 milhões nos próximos dois anos. \n \n Segundo o estudo "Reparando o Tecido Econômico e\n Social", até 2015, mais 8 milhões de pessoas ficarão sem trabalho, por\n conta da recuperação lenta da crise financeira. \n \n Brasil\n \n O relatório nota o aumento da classe média no Brasil, que subiu 16\n pontos percentuais entre 1999 e 2010. A OIT cita ainda que as taxas de pobreza\n no país "diminuíram consideravelmente" com o "forte crescimento\n econômico".\n \n A agência da ONU elogia o Brasil por ter implementado\n "políticas ambiciosas de trabalho e de proteção social", como o Bolsa\n Família, que levaram a melhor qualidade de emprego. \n \n Salários\n \n O salário mínimo no país também aumentou, como explicou à Rádio\n ONU, o diretor-adjunto da OIT em Nova York, Vinícius Pinheiro. \n \n "Entre 2003 e 2013, houve um aumento de mais de 70% no valor\n real do salário mínimo. E isso implica não somente uma melhoria no mercado de\n trabalho, mas como o salário mínimo também é vinculado aos benefícios da\n previdência, ocorre uma redistribuição de renda por conta dos benefícios\n previdenciários. Então tudo isso contribuiu para que os resultados em relação\n ao Brasil, tanto a diminuição da pobreza e da desigualdade, fossem o contrário\n do que está acontecendo no resto do mundo." \n \n Na América Latina e no Caribe, a taxa de emprego foi de 57% no\n último trimestre de 2012, um ponto acima de antes da crise. \n \n Mas o documento destaca que a lacuna entre ricos e pobres na\n maioria dos países de rendas baixa e média continua grande. \n \n Europa\n \n Já em muitas economias desenvolvidas, grupos da classe média estão\n diminuindo, em parte pelo desemprego a longo prazo, baixa qualidade de trabalho\n e pessoas saindo do mercado de trabalho. \n \n Em Portugal, a taxa de emprego caiu mais de 3% nos últimos dois\n anos. No país, assim como na Grécia, Irlanda e Itália, a maioria das demissões\n afetou os trabalhadores com os menores salários. Por isso, o desemprego levou à\n redução das desigualdades salariais. \n \n O estudo da OIT destaca que essas tendências no mercado de\n trabalho geraram tensões sociais em economias avançadas e também no sul da\n Europa, no sul da Ásia e nos países árabes. \n \n \n \n \n
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