\n \n Astrônomos da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) registraram,\n pela primeira vez, a cauda do Sistema Solar. Cientistas especulavam que, assim\n como os cometas que vagam no espaço ou os meteoros que atravessam a atmosfera\n terrestre, a heliosfera (uma espécie de bolha magnética que protege os planetas\n da radiação espacial) também deixa um rastro de partículas. \n \n A equipe liderada por David McComas, do Instituto de Pesquisas\n Southwest em San Antonio,\n no Texas (EUA), analisou os três primeiros anos de dados do satélite Ibex para\n mapear as fronteiras do nosso sistema e descobriu que há uma várias partículas\n em movimento nessa bolha. As partículas que se movem mais rapidamente ficam\n acima e debaixo da heliosfera, enquanto as mais lentas ficam nos lados, criando\n uma estrutura toda retorcida, pois sofre a interação do campo magnético e dos\n ventos solares. \n \n "Muitos modelos sugeriam que a cauda da heliosfera era deste\n ou daquele jeito, mas nós não tínhamos nenhuma observação dela. Sempre\n desenhávamos imagens em que a cauda simplesmente desaparecia da página, já que\n não podíamos especular como ela era de verdade", diz McComas. Os\n resultados foram publicados na edição da desta quarta-feira (10) da revista The\n Astrophysical Journal. \n \n As partículas da cauda não "brilham" de longe, o que\n dificulta a observação por satélites terrestres. Mas o equipamento Ibex (que\n significa Explorador da Fronteira Interestelar, na sigla em inglês), que fica a\n 200 mil quilômetros da Terra, mapeia as partículas neutras do espaço profundo\n que colidem com as fronteiras do nosso Sistema Solar. \n \n \n \n \n