\n \n O número\n de mortos após o desabamento na semana passada de um prédio comercial de oito\n andares em Bangladesh já chegou a 501, de acordo com o último balanço divulgado\n nesta sexta-feira pelas autoridades do país.\n \n Mais\n corpos foram retirados dos escombros do Rana Plaza, localizado na cidade de\n Savar, perto da capital Daca, desde o final da quinta-feira. Em entrevista à\n imprensa local, o porta-voz do Exército bengalês, Shahinul Islam, confirmou o\n número de vítimas fatais após assegurar que as equipes de resgate retiraram 55\n corpos dos escombros nas últimas horas.\n \n O\n acidente do dia 24 de abril, a maior tragédia industrial da história do país\n asiático, também feriu 2.437 pessoas.nbsp;Ainda não há um número oficial de\n desaparecidos, mas estima-se que há muitas pessoas presas entre os destroços, o\n que deve aumentar a contagem de mortos.\n \n O governo\n destituiu ontem, por "negligência" e "inação", o prefeito\n de Savar, Mohammed Refatula.nbsp;Nove pessoas já foram detidas, incluindo o\n proprietário do edifício, ligado ao partido governante em Bangladesh. Além\n dele, engenheiros e donos de fábricas têxteis também foram detidos.\n \n As\n autoridades ordenaram, além disso, o fechamento de outra fábrica têxtil,\n situada a 1,5 quilômetros do complexo que ruiu e onde trabalham milhares de\n empregados, devido a várias rachaduras em sua estrutura.\n \n Segundo a\n rede BBC, excluindo o atentado terrorista nas torres do World Trade\n Center, nos Estados Unidos, em 2001, o acidente que provocou mais mortes em\n incidentes envolvendo estruturas industriais foi o desabamento da loja de\n departamento Sampoong, em Seul (Coreia do Sul) – 502 pessoas morreram na\n ocasião, em 1995.\n \n Na\n quinta, fábricas têxteis espalhadas pelo país voltaram a funcionar pela\n primeira vez desde o desabamento de Savar. Trabalhadores vêm realizando\n protestos diários pedindo por dura punição os responsáveis pela tragédia e\n melhores condições de segurança.\n \n Com informações das agências\n AP,nbsp;BBC e EFE\n \n \n \n \n