\n \n O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeou nesta\n quarta-feira a embaixadora Susan Rice, uma assessora bem próxima dele, para o\n cargo de conselheira de Segurança Nacional, aumentando o controle da Casa\n Branca sobre a política externa e desafiando a crítica dos republicanos ao modo\n como ela lidou com o ataque mortífero a uma representação do país na Líbia. \n \n Tida como durona, Rice substituirá o discreto Tom Donilon no cargo\n e deverá desempenhar um papel destacado na defesa da política externa de Obama,\n em especial quanto à guerra civil na Síria. Obama é criticado por sua abordagem\n cautelosa em resposta a evidências de que o presidente Bashar al-Assad usou\n armas químicas contra os rebeldes que tentam derrubá-lo. \n \n Obama nomeará Samantha Power, autora premiada com o Pulitzer,\n ex-assessora da Casa Branca e professora de Harvard, para substituir Rice como\n embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas, disseram\n funcionários da Casa Branca. \n \n A escolha de Rice provavelmente vai irritar os republicanos, que\n criticaram duramente os comentários que ela fez após o ataque 11 de setembro de\n 2012 à representação dos EUA em Bengazi, na Líbia, no qual morreram quatro\n norte-americanos, incluindo o embaixador Christopher Stevens. \n \n Havia a expectativa de que Obama nomeasse Rice, de 48 anos, para o\n cargo de conselheira de segurança nacional desde que ela retirou seu nome de\n consideração, em dezembro, para substituir Hillary Clinton como secretária de\n Estado, em meio às críticas dos republicanos sobre Bengazi. Ela havia sido a\n primeira opção de Obama para substituir Hillary, cujo cargo passou, então, a\n ser ocupado por John Kerry. \n \n No entanto, Obama vai evitar uma briga no Congresso porque o posto\n de conselheira não requer confirmação do Senado. Rice substituirá Donilon em\n julho, ficando encarregada de coordenar da Casa Branca a política externa do\n país. \n \n Os republicanos acusam Rice de minimizar o incidente em Bengazi\n por motivos políticos, pelo fato de inicialmente ela ter descrito o ataque, em\n telejornais de domingo, como resultado de um protesto espontâneo, ao invés de\n um ataque terrorista. \n \n O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, defendeu Rice. \n \n "A embaixadora Rice foi aos programas de domingo e transmitiu\n o que era no momento a informação mais apurada dos serviços de inteligência\n sobre o que tinha acontecido em Bengazi", afirmou ele. \n \n Sob o comando de Rice, a condução da política externa\n provavelmente será centralizada, o que levanta questões sobre quanta liberdade\n será dada a Kerry, disse Aaron David Miller, um estudioso da política externa\n no Woodrow Wilson Center. \n \n "Ela é muito direta, muito franca, muito dura, mas\n extremamente habilidosa e confiante, o que a torna formidável", disse\n Miller. "O fato de ela ser uma pessoa próxima do presidente a torna\n extremamente formidável." \n \n A mudança ocorre num momento em que Obama lida com um\n turbilhão de desafios na política externa, da guerra na Síria à ascensão da\n China no cenário mundial, questão que será trazida à tona nesta semana, quando\n ele se reúne com o presidente chinês, Xi Jinping, na Califórnia. \n \n \n \n \n