G1/LD
ImprimirA Procuradoria da Arábia Saudita pediu nesta quinta-feira (3) penas de morte contra 5 dos 11 acusados do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em outubro em Istambul, durante a abertura do julgamento do caso em um tribunal de Riad.
Os 11 suspeitos apareceram na presença de seus advogados, de acordo com um comunicado da Procuadoria publicado pela agência oficial SPA.
Jamal Khashoggi foi assassinado em 2 de outubro por agentes sauditas no consulado de Istambul, onde tinha ido para buscar documentos para se casar com a sua noiva turca.
Riad afirma que o jornalista, colaborador do jornal "Washington Post", foi assassinado durante "uma operação fora de controle" do Estado, e realizada por duas pessoas que depois foram demitidas.
No entanto, o governo turco acusa representantes do "mais alto nível" do Estado saudita de estarem por trás desse crime, enquanto a imprensa turca, os Estados Unidos e a CIA suspeitam que o próprio príncipe Mohamed bin Salman tenha ordenado o crime.
Restos mortais
Os restos de Jamal Khashoggi continuam desaparecidos quase três meses após sua morte. No último domingo (30), a rede de televisão turca A-Haber divulgou imagens de câmeras de segurança que mostrariam homens carregando em sacos os supostos restos desmembrados do jornalista.
Na sequência de imagens podem ser vistos três homens carregando um total de cinco malas e dois grandes sacos escuros dentro da residência do cônsul saudita, localizada próxima ao consulado.
A-Haber afirma, citando fontes turcas, que nessas malas e sacos está o corpo desmembrado de Jamal Khashoggi.