Mundo
21/02/2013 09:00:00
Rede de sexo e corrupção do Vaticano levaram à renúncia do Papa, diz jornal
O jornal italiano La Repubblica garantiu nesta quinta-feira que Bento XVI decidiu renunciar após receber um informe ultrassecreto elaborado por três cardeais sobre uma trama de corrupção, sexo e tráfico de influências no Vaticano.
AFP/PCS
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\n \n O jornal italiano La Repubblica garantiu nesta\n quinta-feira que Bento XVI decidiu renunciarnbsp;após receber um informe\n ultrassecreto elaborado por três cardeais sobre uma trama de corrupção, sexo e\n tráfico de influências no Vaticano.\n \n De acordo com o diário, em uma reportagem\n assinada pela jornalista Concita di Gregorio, o relatório que foi encomendado\n por Bento XVI a três cardeais no ano passado - o espanhol Julián Herranz, o\n eslovaco Jozef Tomko e o italiano Salvatore De Giorgi -, após vazamentos de\n documentos confidenciais em um escândalo que ficou conhecido como Vatileaks,\n revela um sistema de "chantagens" internas baseado em fraquezas\n sexuais e ambições pessoais.\n \n O texto de 300 páginas que se refere a um\n "lobby gay" dentro do Vaticano, foi entregue em dezembro ao\n pontífice, segundo a jornalista que não esclarece como teve acesso ao\n documento. "Fantasias, invenções, opiniões", assegurou o porta-voz do\n Vaticano, o padre Federico Lombardi, após advertir que não comentará a\n reportagem e que os cardeais envolvidos não aceitarão conceder entrevistas.\n \n Com o título "Não fornicarás, nem\n roubarás, os mandamentos violados no informe que sacudiunbsp;o Papa", o\n jornal sustenta que o cardeal espanhol Herranz, do Opus Dei, ilustrou ao Papa\n no dia 9 de outubro do ano passado os "assuntos mais escabrosos" do\n relatório, em particular a existência de uma "rede transversal unida pela\n orientação sexual".\n \n "Pela primeira vez a palavra\n homossexualidade foi pronunciada no gabinete papal", escreve o impresso\n italiano. A reportagem sustenta que, durante oito meses, os cardeais\n interrogaram muitos prelados e laicos, dividindo-os por congregação e\n nacionalidade, e estabeleceram que existem vários grupos de pressão dentro do\n Vaticano, entre eles um sujeito a chantagem, a "impropriam\n influentiam" por sua homossexualidade.\n \n Outro grupo é especializado em montar e\n desmontar carreiras dentro da hierarquia vaticana e outro usaria recursos multimilionários\n para seus próprios interesses à sombra da cúpula de São Pedro através do Banco\n do Vaticano, segundo a publicação. Em uma publicação especial, a revista Panorama defende que o\n documento será determinante para a eleição do sucessor de Bento XVI, em um\n artigo assinado por Ignazio Ingrado.\n \n Para as duas publicações, o Papa se\n convenceu que um sucessor mais jovem, forte e enérgico é o melhor indicado para\n fazer uma limpeza na instituição e, por isso, teria decidido deixar o Trono de\n Pedro no próximo dia 28 de fevereiro.
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