Exame/PCS
ImprimirPesquisadores encontraram numa caverna da Sicília, na Itália, resquícios do que pode ser o vinho mais velho do mundo. O líquido estava em um vaso de barro, e especialistas acreditam que a bebida foi produzida e consumida há mais de seis mil anos.
De acordo com os cientistas, a descoberta, publicada no Microchemical Journal, é uma das mais importantes da região. "É o mais antigo resíduo de vinho de toda pré-história italiana", comunicaram.
"Ao contrário de descobertas anteriores que eram limitadas às vinhas, que mostraram a presença de uvas antigamente, nosso trabalho identificou restos de vinho", disse Davide Tanasi, líder da pesquisa. "Obviamente isso não envolve apenas a prática da viticultura, mas da produção de vinho — numa época muito antiga."
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Enrico Greco, químico da Universidade de Catania, e integrante da pesquisa, afirmou que o recipiente de barro foi submetido à uma análise química.
"Identificamos a presença de ácido tartárico e sal", falou Greco. "A presença dessas moléculas nos permite confirmar o uso do recipiente como um reservatório de vinho."
A ciência explica: o sal ácido de potássio do ácido tartárico — conhecido como creme de tártaro — se desenvolve naturalmente durante a produção de vinhos.