Unicef/Al-Issa
ImprimirO Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária (Ocha, na sigla em inglês) afirmou que está profundamente preocupado com a segurança e a proteção de mais de 400 mil pessoas que vivem na região de Raqqa, na Síria, cidade que é tida como a capital de fato do Estado Islâmico. Segundo a agência da ONU, homens, mulheres e crianças estão expostos a lutas e bombardeios diários na região. A informação é da ONU News.
No último fim de semana, três refugiados internos, incluindo uma grávida, morreram devido à explosão de uma mina terrestre e duas escolas foram destruídas em ataques aéreos. Desde primeiro de maio mais de 160 mil pessoas ficaram deslocadas na região. O Ocha também registrou o retorno de aproximadamente 4 mil pessoas para áreas mais calmas neste momento.
A ONU pediu às partes em conflito acesso incondicional e sem impedimentos a mais de 4,5 milhões de pessoas que estão em áreas sitiadas ou de difícil alcance por toda a Síria. Já a agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) alertou que a falta de fundos está colocando em risco mais de 60 mil famílias sírias refugiadas no Líbano e na Jordânia.
Segundo a Acnur, 70% dos refugiados sírios no Líbano estão vivendo abaixo da linha de pobreza. Em Genebra, o porta-voz da agência, Andrej Mahecic, disse que para muitas famílias "o dinheiro recebido como ajuda é o único meio para comprar comida e remédios".
Ele afirmou que "sem esses fundos [para a Acnur], algumas das famílias deixarão de receber o benefício já a partir de julho". A agência da ONU precisa de quase US$ 190 milhões para cobrir os programas de assistência no Líbano e na Jordânia, onde vivem mais de 1,6 milhão de refugiados sírios.