\n \n Elize\n Araújo Kitano Matsunaga, ré confessa do assassinato do marido, o\n empresário Marcos Kitano Matsunaga, telefonou 25 dias antes da data do crime à\n Polícia Militar para denunciar a vítima por "ameaça". O G1 teve\n acesso ao áudio de 2 minutos e 32 segundos gravado pelo serviço de emergência da\n corporação na noite do dia 24 de abril deste ano.nbsp;\n \n A\n bacharel em direito está presa preventivamente até seu eventual julgamento. Ela\n confessou ter atirado e esquartejado o diretor da Yoki, com o qual foi casada e\n tem uma filha de pouco mais de um ano, no dia 19 de maio, no apartamento do\n casal, na Zona Oeste de São Paulo.\n \n De\n acordo com depoimentos de Elize, o crime ocorrido em maio foi passional,\n cometido "sob forte emoção" após ela ter sido "injustamente\n provocada pela vítima". À Polícia Civil, havia dito que a vida conjugal\n não era "harmônica" e pensava em se separar. Alegou ainda que\n respondeu a uma agressão de Marcos após discussão sobre a descoberta da traição\n dele. \n \n Na\n versão da acusada, o homem a xingou, ameaçou tirar a guarda da criança dela, e\n matá-la caso fugisse com a menina. Pela primeira vez no relacionamento, ele deu\n um tapa no seu rosto. Em seguida, a bacharel atirou na cabeça do executivo da\n empresa alimentícia, cortou seu corpo, o colocou em sacos e os espalhou na\n Grande São Paulo.\n \n Durante\n a gravação feita em abril pela central 190 da PM, Elize não diz ao atendente\n qual foi o tipo de ameaça que Marcos teria lhe feito. No áudio é possível\n ouvir, no entanto, ela falar ao policial militar que Marcos saiu de casa.\n \n Ela\n pergunta também se pode aproveitar a ausência dele para trocar a fechadura da\n porta do imóvel onde moram.\n \n A\n defesa da ré afirma que a gravação feita pela PM reforça a tese de sua cliente\n de que ela já vinha sendo ameaçada pelo marido antes mesmo do crime. Segundo o\n advogado Luciano Santoro, Elize lhe contou que Marcos havia dito em abril:\n "vou acabar com sua vida", após uma discussão.\n \n \n \n \n