\n \n \n \t A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu na manhã de \n hoje abrir um procedimento para investigar o uso de um helicóptero da \n PRF (Polícia Rodoviária Federal) pela ministra Ideli Salvatti (Relações \n Institucionais) e aplicar uma advertência ao presidente do Cade \n (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Vinicius Marques de \n Carvalho.\n \n \t Segundo o presidente da Comissão de Ética da Presidência, Américo \n Lacombe, ainda não foi designado relator para o caso. Ideli visitou \n obras e participou de inaugurações em Santa Catarina, sua base \n eleitoral, em um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal que era \n usado, entre outras coisas, para fazer atendimentos médicos.\n \n \t Responsável pela articulação política do governo, Ideli usou cinco \n vezes a aeronave de 2012 a 2013 para inaugurar obras rodoviárias, lançar\n editais, inaugurar posto da PRF e se reunir com prefeitos. O caso foi \n revelado pelo "Correio Braziliense".\n \n \t "[Ela tem] dez dias [para responder], que é o prazo normal. Se ela \n quiser pedir mais, a gente normalmente dá, porque acho que o problema de\n ampla defesa é sagrado. Se não, não temos democracia neste país", disse\n Lacombe.\n \n \t Procurada, Ideli afirmou, por meio da assessoria, que "está à \n disposição para prestar quaisquer esclarecimentos junto à Comissão de \n Ética Pública da Presidência República".\n \n \t A ministra aproveitou para reafirmar nota divulgada anteriormente, na \n qual diz que "nos dias em que houve a utilização do helicóptero não \n ocorreu nenhum acidente que justificasse a requisição da aeronave para \n prestação de socorro". "Em Santa Catarina, há outras aeronaves que \n prestam serviços aeromédicos", disse ainda em nota.\n \n \t Já a advertência ao presidente do Cade aconteceu, segundo Lacombe, \n porque Carvalho não tomou as providências necessárias para se \n desvincular do PT, partido que era filiado, antes de assumir o cargo no \n Conselho.\n \n \t "Ele não tomou providencias necessárias para cancelar o registro dele \n do partido. Ele pediu, mas não foi atrás, não foi à Justiça Eleitoral. \n Tanto que algum tempo depois, depois de ele já ter se desligado do \n partido, numa relação aparece o nome dele como integrante. Ele não se \n considerava mais (filiado ao PT), mas ainda tecnicamente era (filiado)",\n afirmou Lacombe.\n \n \t Procurada, a assessoria de imprensa do Cade ainda não se manifestou sobre o caso.nbsp;\n \n