Polícia
02/06/2014 09:00:00
"Maquiavélico", diz delegado sobre publicitário suspeito de matar zelador
Publicitário e sua mulher tiveram prisão temporária pedida à Justiça. Jezi Lopes de Souza, de 63 anos, foi morto e esquartejado em São Paulo.
G1/PCS
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O delegado Egídio Cobo, responsável pela investigação sobre a morte de um\n zelador em São Paulo, disse que o publicitário suspeito de cometer o crime é\n maquiavélico. Eduardo Tadeu Pinto Martins, de 47 anos, e sua mulher, uma\n advogada de 42 anos, foram presos pela morte e esquartejamento de Jezi Lopes de\n Souza, de 63 anos. \n \n O delegado pediu à Justiça a prisão temporária do casal. O zelador\n desapareceu no prédio onde trabalhava, na Zona Norte, na sexta-feira (30), e\n seu corpo só foi encontrado nesta segunda (2) em uma casa em Praia Grande,\n litoral de São Paulo.\n \n De acordo com policiais envolvidos na prisão, o publicitário confessou nesta\n segunda-feira (2) o crime e acrescentou que a motivação foram desavenças que\n tinha com a vítima. Coisas banais, coisas de condomínio. Nem todos os\n condôminos aceitam a maneira de administrar, afirmou o delegado, que é titular\n do 13º Distrito Policial de São Paulo. Ele nunca esperava que a polícia fosse\n agir tão rápido.\n \n A investigação aponta que Martins matou o zelador, colocou o corpo dele em\n uma mala e fugiu para Praia Grande, no litoral paulista. Também suspeita de\n participar do crime, a mulher do publicitário, Ieda da Silva Martins, nega o\n crime, segundo o delegado. Ela disse que o marido contou que a mala estaria\n cheia de roupas para doação a uma igreja.\n \n Ao chegar à casa em Praia Grande, policiais encontraram pedaços do corpo\n espalhados, em sacos plásticos. Outras ele tentou queimar e algumas, enterrar.\n Ao redor da churrasqueira tinha alguma coisa queimando, baldes, serrote,\n afirmou o delegado. "Ele é habilidoso, maquiavélico."\n \n Imagens do desaparecido
\n Jezi foi visto pela última vez às 15h35 de sexta saindo do elevador do edifício\n residencial onde trabalhava, na Rua Zanzibar, bairro da Casa Verde. Imagens de\n câmeras de segurança do condomínio, exibidas nesta segunda pelo Bom Dia São\n Paulo, mostram o momento em que ele deixa o elevador num dos andares levando\n cartas que seriam entregues aos moradores. Depois disso, o circuito interno não\n mostra mais Jezi retornando ao elevador.\n \n Outras 15 câmeras também não registraram a passagem dele pelas escadas.\n Todos os equipamentos funcionam 24 horas por dia gravando quem entra e sai do\n prédio. Ao todo, o edifício tem 22 andares. Só na frente do imóvel, há três\n câmeras, e em nenhum momento os equipamentos registraram o zelador deixando o\n local.\n \n De acordo com o registro policial, a filha de Jezi relatou que um dos\n moradores tinha problemas de relacionamento com seu pai.nbsp; Ela também\n informou que uma moradora lhe contou ter ouvido gritos de discussão, pedindo\n para parar, e ao olhar pelo olho mágico do apartamento teria visto o morador [o\n publicitário] (...) fechando a porta".\n \n Esse episódio ocorreu em horário compatível com a última vez que o zelador\n foi visto deixando o elevador. Além da família do zelador, policiais militares\n e funcionários do prédio vasculharam todo o edifício e não encontraram Jezi.\n \n Imagens de moradores
\n Sheyla, o namorado dela e um policial militar, que vasculharam o prédio em\n busca do zelador, também informaram que, por volta das 17h50 de sexta, as\n câmeras do prédio gravaram o publicitário entrando no elevador arrastando uma\n mala escura e carregando um saco, ambos de grande porte, que demonstrarem\n estarem bem pesadas, levando-se em consideração a dificuldade (...) ao\n arrastá-las.
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\n Em seguida, as testemunhas relataram que o morador desceu até a garagem e,\n pelas imagens, a mulher dele o ajudou a colocar a bagagem e o saco no carro do\n casal. Os dois moradores saíram com o veículo e retornaram, mas o horário não\n foi informado no boletim. Esse vídeo não foi divulgado.\n \n Sábado\n \n Depois,\n no sábado, quando a família registrou o desaparecimento de Jezi, policiais\n militares foram até a residência do casal de moradores do prédio, onde o homem\n contou que já havia discutido diversas vezes com Jezi, mas que ontem\n [sexta-feira] nada havia acontecido.\n \n Os\n policiais vasculharam o local e encontraram mala e sacos similares aos exibidos\n pela gravação do prédio, mas verificaram que dentro deles havia roupas e tênis.\n Depois, desceram com a mulher até o estacionamento e verificaram que dentro do\n automóvel do casal estava uma mala parecida com as da filmagem. Dentro delas,\n porém, só tinham roupas.\n \n Indagado\n pelos policiais, o casal disse que tinha saído para levar as roupas para uma\n igreja, mas retornaram porque ela estava fechada no dia. Os policiais\n informaram no boletim que não visualizaram nenhum sinal de violência no\n apartamento do casal ou no veículo.\n \n Mais de\n 23 mil pessoas desapareceram no estado de São Paulo em 2013, segundo a\n Secretaria da Segurança Pública (SSP). De acordo com a pasta, 80% desses casos\n foram esclarecidos.\n \n nbsp;
\n Jezi foi visto pela última vez às 15h35 de sexta saindo do elevador do edifício\n residencial onde trabalhava, na Rua Zanzibar, bairro da Casa Verde. Imagens de\n câmeras de segurança do condomínio, exibidas nesta segunda pelo Bom Dia São\n Paulo, mostram o momento em que ele deixa o elevador num dos andares levando\n cartas que seriam entregues aos moradores. Depois disso, o circuito interno não\n mostra mais Jezi retornando ao elevador.\n \n Outras 15 câmeras também não registraram a passagem dele pelas escadas.\n Todos os equipamentos funcionam 24 horas por dia gravando quem entra e sai do\n prédio. Ao todo, o edifício tem 22 andares. Só na frente do imóvel, há três\n câmeras, e em nenhum momento os equipamentos registraram o zelador deixando o\n local.\n \n De acordo com o registro policial, a filha de Jezi relatou que um dos\n moradores tinha problemas de relacionamento com seu pai.nbsp; Ela também\n informou que uma moradora lhe contou ter ouvido gritos de discussão, pedindo\n para parar, e ao olhar pelo olho mágico do apartamento teria visto o morador [o\n publicitário] (...) fechando a porta".\n \n Esse episódio ocorreu em horário compatível com a última vez que o zelador\n foi visto deixando o elevador. Além da família do zelador, policiais militares\n e funcionários do prédio vasculharam todo o edifício e não encontraram Jezi.\n \n Imagens de moradores
\n Sheyla, o namorado dela e um policial militar, que vasculharam o prédio em\n busca do zelador, também informaram que, por volta das 17h50 de sexta, as\n câmeras do prédio gravaram o publicitário entrando no elevador arrastando uma\n mala escura e carregando um saco, ambos de grande porte, que demonstrarem\n estarem bem pesadas, levando-se em consideração a dificuldade (...) ao\n arrastá-las.
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\n Em seguida, as testemunhas relataram que o morador desceu até a garagem e,\n pelas imagens, a mulher dele o ajudou a colocar a bagagem e o saco no carro do\n casal. Os dois moradores saíram com o veículo e retornaram, mas o horário não\n foi informado no boletim. Esse vídeo não foi divulgado.\n \n Sábado\n \n Depois,\n no sábado, quando a família registrou o desaparecimento de Jezi, policiais\n militares foram até a residência do casal de moradores do prédio, onde o homem\n contou que já havia discutido diversas vezes com Jezi, mas que ontem\n [sexta-feira] nada havia acontecido.\n \n Os\n policiais vasculharam o local e encontraram mala e sacos similares aos exibidos\n pela gravação do prédio, mas verificaram que dentro deles havia roupas e tênis.\n Depois, desceram com a mulher até o estacionamento e verificaram que dentro do\n automóvel do casal estava uma mala parecida com as da filmagem. Dentro delas,\n porém, só tinham roupas.\n \n Indagado\n pelos policiais, o casal disse que tinha saído para levar as roupas para uma\n igreja, mas retornaram porque ela estava fechada no dia. Os policiais\n informaram no boletim que não visualizaram nenhum sinal de violência no\n apartamento do casal ou no veículo.\n \n Mais de\n 23 mil pessoas desapareceram no estado de São Paulo em 2013, segundo a\n Secretaria da Segurança Pública (SSP). De acordo com a pasta, 80% desses casos\n foram esclarecidos.\n \n nbsp;
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