Polícia
07/12/2012 09:00:00
"Pessoas de bem se arrependem", diz defesa de suspeitos de agredir gay
Bruno Portieri, de 25 anos, e o personal trainer Diego Mosca, de 26 anos, foram presos em flagrante após a agressão ao universitário André Baliera, de 27.
G1/LD
Imprimir
\n \n Os\n dois suspeitos de terem agredido um homossexual na noite desta segunda-feira\n (3) em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, não tiveram intenções\n homofóbicas, segundo o advogado deles informou ao G1 na manhã desta sexta-feira (7). Ainda segundo a\n defesa, a dupla está arrependida.\n \n Bruno\n Portieri, de 25 anos, e o personal trainer Diego Mosca, de 26 anos, foram\n presos em flagrante após a agressão ao universitário André Baliera, de 27. Eles\n foram indiciados por tentativa de homicídio qualificado.\n \n Segundo\n o relato de Baliera, ele voltava para casa quando foi abordado na Rua Henrique\n Schaumann, perto da Rua Teodoro Sampaio, por dois homens em um carro. À\n polícia, Baliera disse que foi xingado de veado e, ao questionar o motivo da\n provocação, levou diversos golpes na cabeça. O universitário publicou um vídeo\n nonbsp;Youtube desabafando sobre o caso.\n \n De\n acordo com Joel Cordaro, advogado de Portieri e Mosca, a briga começou depois\n que o carro em que eles estavam parou em cima da faixa de pedestres diante de\n um sinal vermelho. Baliera atravessou a rua e fez um gesto ofensivo com a mão.\n Bruno desceu do carro, discutiu, e depois entrou no carro de novo. Então,\n André pegou uma pedra e atirou contra o carro, mas não atingiu nada, contou\n Cordaro.\n \n Depois,\n os suspeitos teriam encostado o carro em um posto de combustível. Mosca desceu\n do veículo e foi pedir satisfações para Baliera, que pegou os óculos que o\n suspeito usava e o quebrou. Segundo Cordaro, a agressão física teria começado\n logo depois.\n \n Quanto\n à homofobia, o advogado afirma que não existiu. A opção sexual [de Baliera] é\n problema dele. Todos se agrediram. Um mostrou o dedo, o outro xingou, mas não\n com intenção homofóbica. Se me chamam de veado, estão apenas me xingando, mas\n se é um homossexual, já se sente ofendido, disse.\n \n Apesar\n disso, Cordaro afirmou que Portieri e Mosca estão arrependidos pela agressão.\n Se eu te provoco e você me provoca, acabo perdendo a cabeça, mas qualquer\n pessoa de bem, como eles são, se arrepende depois, comentou.\n \n Os\n dois suspeitos continuavam detidos na manhã desta sexta-feira. Cordaro já\n entrou com um pedido de liberdade provisória e aguarda a decisão da Justiça\n para saber se Portieri e Mosca vão poder responder o caso em liberdade.\n \n Multa
\n Além de serem indiciados por tentativa de homicídio qualificado, por motivo\n torpe, os suspeitos serão processados pela Secretaria de Estado da Justiça e\n Cidadania de São Paulo. De acordo com a pasta, se condenados, cada um dos\n agressores poderá levar multa que varia de mais de R$ 18 mil a R$ 55 mil.\n \n Segundo\n a pasta, a multa por homofobia tem como base a lei paulista número 10.948/01,\n que pune toda manifestação atentatória ou discriminatória praticada contra\n cidadão homossexual, bissexual ou transgênero. A lei abrange todo tipo de ação\n violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética,\n filosófica ou psicológica contra o homossexual.\n \n \n \n \n
\n Além de serem indiciados por tentativa de homicídio qualificado, por motivo\n torpe, os suspeitos serão processados pela Secretaria de Estado da Justiça e\n Cidadania de São Paulo. De acordo com a pasta, se condenados, cada um dos\n agressores poderá levar multa que varia de mais de R$ 18 mil a R$ 55 mil.\n \n Segundo\n a pasta, a multa por homofobia tem como base a lei paulista número 10.948/01,\n que pune toda manifestação atentatória ou discriminatória praticada contra\n cidadão homossexual, bissexual ou transgênero. A lei abrange todo tipo de ação\n violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética,\n filosófica ou psicológica contra o homossexual.\n \n \n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias