\n \n Uma\n desocupação violenta e com muitos feridos. Segundo do deputado estadual Pedro\n Kemp (PT), ligado à questão indígena, estas duas informações lhe foram passadas\n por diversas pessoas, que desde às 10h30, ligam para o seu celular em busca de\n auxílio.\n \n “Estou\n conversando com várias entidades, com o MPF [Ministério Público Federal]. Mas\n não temos muito o que fazer, é uma decisão judicial. Relataram que estão\n acontecendo excesso e abusos, quer foi muito violenta”, afirma o parlamentar.\n \n Marcada por confronto\n entre índios e policiais, a reintegração de posse deixou cinco terenas feridos\n e um morto. Oziel Gabriel, 35 anos, morreu no hospital beneficente Dona Elmira\n Silvério Barbosa.nbsp;\n \n Os terenas\n foram levados ao hospital em carros de terceiros e caminhonete da Sesai\n (Secretaria Especial de Saúde Indígena).\n \n Bastante\n nervoso, um indígena, que não quis se identificar, relatou que cerca de 50\n policiais federais e da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de\n Crises e Operações Especiais) chegaram às 6h da manhã. Ele relata que foram\n pegos de surpresa, pois aguardavam serem intimados da decisão por um oficial de\n justiça. Os índios resistiram e houve confronto.\n \n A fazenda foi\n invadida pelos terenas em 15 de maio. No mesmo dia, saiu uma decisão para que\n os índios deixassem o local. Mas a reintegração não foi cumprida no dia 18 e a\n decisão acabou suspensa até ontem, quando foi realizada audiência na Justiça\n Federal. Sem acordo entre as partes, o juiz Ronaldo José da Silva determinou o\n cumprimento da reintegração de posse.Os índios reivindicam 17 mil hectares da aldeia Buriti que estão na posse de\n fazendeiros e que foram identificados em 2011 como terra indígena.nbsp;A\n imprensa não teve acesso à fazenda. Um bloqueio com oito policiais armados\n impediu a entrada dos jornalistas para acompanhar o despejo dos terenas.\n \n \n