\n \n Uma\n mulher de 27 anos, presa ontem acusada de envolvimento no estupro da filha de\n 11 anos, foi espancada até a morte\n por três detentas, na cela de número 3 no 1º Distrito Policial\n de Dourados, onde havia um total de nove presas.\n \n Ela\n e o marido de 43 anos foram presos ontem, em cumprimento a um mandado expedido\n pela Justiça. Ele, segundo a Delegacia da Mulher, acusado de estuprar a enteada\n há cerca de um ano; a mãe, porque teria ignorado os apelos da filha. A menina\n acabou pedindo socorro a uma tia, que denunciou o caso à polícia.\n \n Uma\n testemunha, que chora até agora, disse ao delegado Humberto Perez Lima que\n jamais viu tanta violência. Conta que, o tempo todo, orava e pedia a Deus por\n clemência, diante da cena que ela descreveu como brutal.\n \n Ela\n contou, ainda, que a mulher de 27 anos implorava pela vida, o tempo todo, em vão. Morreu depois de\n levar socos, chutes, ter braços e pernas amarradas para trás e, finalmente, ser\n pendurada pelo pescoço na grade da cela.\n \n O\n espancamento durou cerca de uma hora e meia. Os gritos da mulher se perderam em\n meio à cantoria das presas. O marido da presa, morta a pancadas na cela,\n continua preso no 1º Distrito Policial, sob segurança.\n \n As\n três detentas, JSE, de 30 anos, LS, de 27 anos, e MSM, de 23 anos, acusadas do\n espancamento seguido de morte, foram autuadas em flagrante por homicídio\n triplamente qualificado, pelo delegado Humberto Perez Lima, que abriu inquérito\n para apurar o caso. Elas negam participação no crime.\n \n De\n acordo com a polícia, JSE teria incitado a violência que resultou na morte da\n mulher de 27 anos. A presa, também já havia provocado um início de motim e\n colocado fogo em colchão, na cela do 1º Distrito Policial de Dourados.\n \n \n \n \n