G1/PCS
ImprimirA morte de uma menina de 3 anos em Indaial, no Vale do Itajaí, segue chocando o país. Conforme publicado pelo G1, a mãe e o padrasto da menina foram presos, suspeitos de terem cometido o crime.
Com o caso sob investigação da Polícia Civil, ainda existem diversos pontos em aberto que faltam ser esclarecidos antes que uma acusação formal seja realizada pelas autoridades.
O desaparecimento de Isabelle de Freitas passou a ser investigado depois que a mãe e o padrasto da menina foram até a delegacia para registrar seu desaparecimento. Eles chegaram a utilizar as redes sociais para divulgar o caso e pedir por ajuda para localizar a menina. Em determinado momento, conforme a publicação, eles até mesmo chegaram a buscar pela ajuda da imprensa.
Ao relatarem o caso para as autoridades, o casal afirmou que a menina foi sequestrada. Para sustentar a história e tentar forjar um álibi com os vizinhos, eles chamaram um carro de aplicativo durante a tarde para alarmar a vizinhança. Além disso, os dois bateram nas casas vizinhas perguntando sobre a menina para todos.
O primeiro sinal de que algo não estava conforme a versão apresentada pelo casal veio quando a polícia identificou contradições nas versões apresentadas. Após as diferenças serem apontadas, o padrasto confessou o crime e indicou o local onde o corpo da menina foi deixado. Imagens de câmeras de segurança também ajudaram a identificar o casal transportando o corpo em uma mala.
Brigas e históricos de agressão
Segundo um homem que morava com a família a 2 semanas, a manhã da segunda-feira (4), data da morte da menina, foi marcada por brigas e choros de criança. Em depoimento, o padrasto afirmou que iniciou as agressões na tentativa de “corrigir a criança”.
No local foram encontrados vestígios de sangue em diversos cômodos, que seguem sendo periciados pelas autoridades. Porém conforme informação do delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, a criança “morreu de tanto apanhar”.
Apesar do ocorrido, as denúncias de maus-tratos contra o casal não eram novidade. Antes do assassinato, em um procedimento instaurado em dezembro, os dois já estavam sob a investigação do Ministério Público após uma denúncia anônima recebida pelo conselho tutelar.
Conforme informações, o casal tentava dificultar a ação das autoridades e chegaram até mesmo a mudar de endereço para atrapalhar as investigações enquanto o Ministério Público tentava reunir elementos para confirmar a denúncia e comprovar os crimes.