A\n maioria das 67 prisões ordenadas para esta terça-feira (17) em Mato \n Grosso do Sul e São Paulo é para bandidos que já estão cumprindo penas e\n continuam atuando na criminalidade através de facções criminosas como o\n PCC (Primeiro Comando da Capital). No total, 63 mandados foram \n cumpridos, com 50 só dentro dos presídios de MS.Anbsp;Operação \n Iríneas reuniu Polícia Civil, Polícia Militar e Agepen (Agência Estadual\n de Administração do Sistema Penitenciário), além do Gaeco (Grupo de \n Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).Segundo a Sejusp\n (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública de MS), 11 quilos \n de maconha, meio quilo de pasta base e um revólver calibre 38 também \n foram apreendidos.O foco da operação, realizada em conjunto com a\n Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, foi identificar e \n combater facções criminosas que atuam nos presídios dos dois estados.Em\n MS, o alvo foram as penitenciárias de Campo Grande, Dourados e Três \n Lagoas, mas foram cumpridos mandados de prisão ainda em Mundo Novo, \n Ribas do Rio Pardo e Paranaíba.\n Embora não tenha sido afirmado claramente pelos representantes \n dos órgãos que participaram da operação, o alvo principal foi o Primeiro\n Comando da Capital-PCC. “Não queremos fazer apologia a este ou aquele \n grupo, mas sim fazer o combate a todos os grupos organizados que existem\n nos presídios”, afirmou o representante do Gaeco.Por seu turno, o\n Secretário de Justiça e Segurança Pública, Vantuir Jacini, afirmou que a\n operação de hoje está sendo um sucesso devido ao trabalho de \n inteligência desenvolvido, tanto pela Polícia Militar quanto pela \n Agepen.“A cabeça humana é criativa e eles utilizam de todos os \n artifícios para tentar burlar a segurança. São bolos, chinelos e como \n foi noticiado, em São Paulo utilizam até pombos correios para levarem \n celulares para dentro dos presídios. É um trabalho constante de \n investigação que fazemos para evitar problemas maiores”, afirmou o \n secretário.\n O diretor presidente da Agepen, Deusdete Oliveira deixou claro que o \n trabalho é árduo para o controle, pois a população carcerária do Estado,\n atualmente, é de 12.400 presos.Dentre os presos investigados, \n foram identificados seis com forte liderança sobre os demais e estes \n foram transferidos do local onde estavam e alguns deles, até mesmo para o\n presídio federal. O destino e os nomes foram mantidos em sigilo.Os\n presos que foram alvo de novos mandados de prisão, responderão agora \n pelo crime de pertencerem a organizações criminosas. Além de perderem \n benefícios, como indulto de Natal e outros, poderão ter a pena ampliada.