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ImprimirO ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou que a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em 2018, foi homologada nesta terça-feira (19) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O que aconteceu
Lewandowski disse que não teve acesso à delação e reiterou que o caso tramita em segredo de Justiça. Declaração foi feita em pronunciamento na noite desta terça-feira (19). "Nós sabemos que essa colaboração premiada traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que brevemente teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco", afirmou.
O ministro destacou que o processo está nas "competentes" mãos de Alexandre de Moraes. "Que dará seguimento a esse processo, e certamente, muito em breve teremos os resultados daquilo que foi apurado pela competentíssima ação da Polícia Federal que em um ano chegou a resultados concretos nessa investigação", acrescentou.
O trabalho da Polícia Federal contou com a participação do Ministério Público Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro. "As duas instituições trabalharam dentro de suas atribuições", lembrou o ministro da Justiça e Segurança Pública.
Em nota, o STF detalhou a homologação do acordo de colaboração premiada de Ronie Lessa. Segundo a Corte, foram verificados os "requisitos da Lei nº 12.850/13 - regularidade, legalidade, adequação dos benefícios pactuados e dos resultados da colaboração à exigência legal".
Foi realizada uma audiência com Lessa na segunda-feira (18), ainda segundo o Supremo. Na ocasião, "foi constatada a voluntariedade da manifestação da vontade dele. Agora, o caso está com a Polícia Federal para continuidade das investigações, que correm sob sigilo".
Em 2023, o inquérito foi enviado ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). O envio se deu após suspeitas da participação do conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) Domingos Brazão no crime.
Neste mês de março, o caso foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal). A Polícia Federal enviou ao STF a investigação sobre o assassinato da vereadora após novas provas mencionarem um parlamentar federal no caso. O ministro Alexandre de Moraes é o relator das investigações na Corte.
Este é, portanto, o momento processual que tínhamos e gostaríamos de tornar público. Claro que o conteúdo de tudo o que se contém no processo é de conhecimento agora exclusivamente do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e da equipe da Polícia Federal e dos membros no Ministério Público que trabalharam neste caso. Posso assegurar às senhoras e aos senhores que esse procedimento seguiu estritamente o devido processo legal e que, como disse, brevemente pensamos que teremos resultados concretos.
Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública