Além do reforço do policiamento nos municípios que fazem divisa com São Paulo, o esquema de segurança também se estenderá para a região de divisa com Paraná, onde quadrilha invadiu agência bancária e explodiu caixa eletrônico nesta madrugada.

Hoje de manhã, o secretário Estadual de Justiça e Segurança Pública, Carlos Videira, disse que equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais da PM), Choque, Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e DOF (Departamento de Operações de Fronteira) foram deslocados para a fronteira.

O CIISPR-CO (Centro de Inteligência de Segurança Pública Regional Centro-Oeste), segundo secretário, também está mantendo contato com órgãos de inteligência de SP.

Segundo Videira, o reforço policial já havia sido realizado na região de divisa com outros estados, principalmente São Paulo, depois do assalto que aterrorizou a cidade na madrugada de segunda-feira (30). Três pessoas foram mortas, sendo dois moradores da cidade e um dos integrantes da quadrilha.

Agora, a atenção também se volta para a divisa com Paraná, depois do assalto em Mariluz, na região noroeste. Pelo menos um caixa eletrônico foi danificado com explosivos, em ação criminosa que envolveu pelo menos oito homens fortemente armados.

“Aqui tem segurança, mas a gente sempre fica com o pé atrás, né?”, disse o atendente de farmácia Claudinei Pereira, 39 anos, se referindo a Mundo Novo, município de MS mais próximo da divisa do PR.

A vendedora Margarida Silva, 30 anos, conta que não estava completamente informada dos assaltos, mas que já soube do ocorrido pelos comentários de moradores. “Estou com recém nascido em casa, quase não consigo assistir, mas pessoal comenta bastante; a gente fica com receio, é muito complicado mesmo”, contou.

Para ela, o perigo é que, além de ser provável rota de fuga pela proximidade com a divisa paranaense, o foco dos bandidos é a fronteira com o Paraguai, também colada a Mundo Novo.

Um borracheiro residente na cidade, que não quis se identificar, também apontou que a fronteira com Paraguai é o fator complicador, mas diz que espera ver a segurança reforçada logo.