Domingo, 6 de Julho de 2025
Polícia
05/12/2012 09:00:00
Cirurgião que operou modelo teria feito outra vítima em Goiás, diz família
O cirurgião plástico que operou a Miss Jataí Turismo, em Goiânia, já teria feito outra vítima em junho deste ano na cidade de Jataí, no sudoeste do estado, segundo informações da família.

G1/LD

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\n \n O\n cirurgião plástico que operou a Miss Jataí Turismo, em Goiânia, já teria feito\n outra vítima em junho deste ano na cidade de Jataí, no sudoeste do estado,\n segundo informações da família. A funcionária pública Raila Silva Leal\n Carvalho, de 32 anos, morreu após fazer um procedimento de lipoaspiração em um\n hospital particular da cidade.\n \n De\n acordo com o atestado de óbito assinado pelo médico a causa da morte foi uma\n parada cardiorrespiratória. Mas para a família a mulher foi vítima de erro\n médico. “Ela não tinha dor de cabeça, não sentia nada. Só dava orgulho para\n gente”, diz o pai Saulo Leal.\n \n A\n família, que mora em Santa Rita do Araguaia, já entrou na justiça para pedir o\n esclarecimento da morte. “Não existe. Uma pessoa que entra sã e em questão de\n três horas a gente ter uma notícia dessas”, lamentou o viúvo da funcionária\n Nelson Dias.\n \n A\n cidade de Santa Rita do Araguaia fica na divisa com o estado do Mato Grosso e\n com a cidade mato-grossense de Alto Araguaia. Segundo a família, o médico\n também é bastante conhecido na região e várias mulheres já teriam sido operadas\n por ele. O médico terianbsp; uma secretaria que fica na região e seria responsável\n pela agenda dele. Ela faz a intermediação com os pacientes e programa a data e\n o horário das consultas.\n \n O\n cirurgião atende no Hospital Samaritano de Alto Araguaia.nbsp; De acordo com a\n recepcionista ele vai à cidade a cada três meses para realizar as consultas. Já\n as cirurgias são realizadas em Jataí e Goiânia. “Ele veio aqui e atendeu na\n semana passada. Essa semana não”, disse a funcionária.\n \n Miss Jataí Turismo
\n No último sábado (1) a Miss Jataí Turismo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24\n anos, também teve uma parada cardíaca depois de um procedimento para colocar\n prótese de silicone nos seios. De acordo com a família, o pré-operatório foi em\n uma clínica em Jataí, mas a cirurgia foi realizada no Hospital Buriti, no\n Parque Amazônia, em Goiânia.\n \n Segundo\n o cunhado da vítima, Leandro Cabral, a modelo já tinha feito o procedimento na\n mama direita, mas sofreu uma parada cardíaca ao receber a prótese na mama\n esquerda. Sem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no hospital, a jovem teve de\n ser encaminhada para outra unidade, mas não resistiu.\n \n O\n G1 entrou em contato com o hospital,\n mas informação foi de que ele não atende no local, somente realiza cirurgias e,\n por isso, não teria como encontrá-lo. Na clínica em Jataí, o telefone não\n atendeu.\n \n Sonho
\n Segundo a família, Louanna sonhava com a cirurgia. “Aquela menina era linda\n demais, mas ela não gostava dos seios e queria colocar silicone. Então, eu\n apoiei o sonho dela”, afirmou Giuliano Cabral, em entrevista ao G1,\n na tarde de segunda-feira (3). Ele vivia com a jovem há sete anos.\n \n O\n problema maior, segundo Giuliano, é que o médico que operou a jovem não teria\n esclarecido que a UTI não ficava no hospital: “Na verdade, ele falou que a\n gente tinha duas opções. Ele operava aqui em Jataí ou em Goiânia. Preferimos\n Goiânia justamente por causa da UTI, mas ele não explicou que a unidade não\n tinha UTI. Pelo contrário, ele nos disse que estava tudo tranquilo”.\n \n Dênia\n Ferreira de Castro Silva, mãe da modelo disse que está inconformada com a morte\n da filha. “Ela era um doce, um amor, amiga, companheira. Nunca me deu trabalho.\n Ela me obedecia e só não me obedeceu nisso. Falei para ela não fazer a\n cirurgia, mas era o sonho dela”, lamentou a mãe, em entrevista à TV Anhanguera.\n \n Investigação
\n A Polícia Civil já instaurou inquérito para apurar as causas da morte da\n modelo. Para concluir as investigações, a polícia precisa do resultado dos\n laudos do Instituto Médico Legal (IML). Um deles, o toxicológico, vai apontar\n se a jovem tinha ou não a presença de drogas no organismo.\n \n O\n exame foi pedido porque o laudo médico sobre a morte dizia que a jovem sofreu\n as paradas cardíacas porque seria usuária de entorpecentes, versão contestada\n pela família. O resultado do exame toxicológico pode levar mais de um ano para\n ficar pronto, segundo o IML.\n \n A\n delegada titular do 13º Distrito Policial de Goiânia, Mirian Aparecida Borges\n de Oliveira, o caso já começou a ouvir as testemunhas. “Tão logo que nós\n ouvirmos os familiares, nós vamos oficiar a diretoria do hospital para que\n apresente o primeiro médico, que é o cirurgião plástico, e depois os demais\n profissionais que participaram dessa cirurgia”, explica a delegada.\n \n \n \n \n
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