\n Um bandido de luxo, que “ganha” dinheiro através de um sistema dos mais modernos do mundo, que é o crime cibernético. Pelos cálculos da Polícia, o empresário formado em informática Maximiliano Santana Saavedra Valdez, de 28 anos, faturou mais de R$ 1 milhão com a venda de passagens aéreas “fantasmas”. Só uma das vítimas, a Confiança Turismo, uma das nbsp;cinco maiores provedores de passagens do Brasil teve que pagar R$ 235 mil para as companhias aéreas por conta do crime de furto mediante fraude praticado por Valdez nos últimos 12 meses. Valdez, que mora em um condomínio de luxo ma Praia Jururê, no litoral de Florianópolis, em Santa Catarina , no Sul do Brasil, segundo o delegado Carlos Américo, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), de Cuiabá, foi preso na fila da imigração do Aeroporto Internacional de Santa Catarina quando acabava de desembarcar de um voo procedente de Bariloche, na Argentina. Na bagagem, segundo a Polícia de Cuiabá. Valdez trazia um Note-Book, um Ipad, um pen-drive e uma chave segredo onde podem estar guardados documentos que comprovam que seus crimes podem ser maiores do que a própria Polícia imagina depois de sete meses de investigações. Tudo começou com as denúncias feitas por quatro vítimas e com o início da “Operação Sonho de Ícaro”. Logo a Polícia detectou que a Confiança Turismo estava com um débito de mais de R$ 235 mil para companhias áreas que forneceram passagens sem ter expedido os bilhetes, muito menos sem saber que um dos mais espertos cérebros humanos estava fraudando e vendendo passagens através da internet com muita facilidade. Esperto, Valdez conseguiu entrar com senhas falsas, mas ao mesmo tempo verdadeira que ele conseguia através da internet junto às empresas vendedoras de passagens aéreas, empresas que compravam passagens da Confiança Turismo para revender. De venda em venda para quase todas as cidades brasileiras e para o exterior, inclusive Maiami, Flórida e outras cidades dos Estados Unidos, a maioria pela “mídia boca a boca”, Valdez envolveu ou foi envido pela família, pois tem um irmão especialista em crime estelionato via clonagem de cartão magnético e cartão de crédito que mora com alguns familiares dele no município de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Só que, Valdez não contava com a persistência de um delegado do interior do Brasil, que passou dias e noites investigando, sem largar os pés o bandido de luxo, que chegou a abusar da sorte, principalmente quando as senhas e os logins que Valdez usava para burlar o sistema e vender as passagens “fantasmas”, mas que os passageiros voavam tranquilamente. Valdez deixou uma simples brecha, mesmo usando cópias ocultas e entregando as passagens no dia da viagem. Brecha suficiente para o delegado Carlos Américo entrar e arrebentar com a carreira criminosa de Valdez através de quebras de sigilo telefônico, bancário e pela internet até chegar às provas suficientes para a representação da prisão preventiva, nbsp;decretada pela Justiça de Mato Grosso através da 3ª Vara Criminal de Cuiabá. O bandido de luxo foi preso às 20 horas desta quarta-feira, 7, no aeroporto de Santa Catarina e desembarcou na manhã desta sexta-feira, 9, em Cuiabá. A reportagem do Portal 24 Horas News tentou conversar com Maximiliano nbsp;Valdez na noite desta sexta-feira na cela da Derf de Cuiabá. Mas ele não quis falar com a imprensa. Caso Seja condenado, Valdez pode pegar de dois a oito anos de reclusão. nbsp;O bandido de luxo segue na manhã deste sábado para a Penitenciária Central do Estado (PCE). O delegado Carlos Américo afirmou que o “rombo” deixado por Valdez às agências provedoras de turismo, entre elas a Confiança Turismo passa de R$ 1 milhão, mas pode ser ainda maior, pois as investigações continuam. A Polícia também já representou elo bloqueio dos bens de Valdez, que também usa outras pessoas para esconder e levar o dinheiro que ganha com os crimes cibernéticos.Informações do 24HNews
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