G1/PCS
ImprimirA defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (9) que ele "jamais participou ou mesmo conhecia tais 'minutas golpistas'".
"O ex-presidente não tem o costume de fazer a leitura de textos no próprio telefone celular, certamente em razão das dimensões limitadas da tela e a necessidade hodierna de uso de lentes corretivas, razão porque pediu à sua assessoria a impressão do documento em papel", diz a nota enviada pela defesa.
A nota ainda diz que, "tendo tomado conhecimento da existência só e somente por conta da apreensão do telefone do tenente-coronel Mauro Cid, e a partir do acesso que lhe foi legalmente oportunizado por seu advogado constituído na investigação, que identificou tais elementos."
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (9) que ele "jamais participou ou mesmo conhecia tais 'minutas golpistas'".
"O ex-presidente não tem o costume de fazer a leitura de textos no próprio telefone celular, certamente em razão das dimensões limitadas da tela e a necessidade hodierna de uso de lentes corretivas, razão porque pediu à sua assessoria a impressão do documento em papel", diz a nota enviada pela defesa.
A nota ainda diz que, "tendo tomado conhecimento da existência só e somente por conta da apreensão do telefone do tenente-coronel Mauro Cid, e a partir do acesso que lhe foi legalmente oportunizado por seu advogado constituído na investigação, que identificou tais elementos."
A defesa afirmou que o ex-presidente resolveu imprimir o arquivo para facilitar a leitura do texto.
"A impressão provavelmente permaneceu no local da diligência de busca e apreensão havida na data de hoje, que alcançou inclusive o gabinete do ex-Presidente, razão porque lá foi apreendido", diz a nota.
A defesa alegou que Bolsonaro só teve conhecimento do conteúdo da suposta minuta após o envio do documento em outubro de 2023, o que fundamenta "sua distância de qualquer empreitada ilegal". Além disso, a nota afirma que o documento já integrava a investigação da PF.
O documento
O papel foi encontrado durante operação para apurar o envolvimento de Bolsonaro, militares e ex-ministros num suposto plano para dar um golpe de Estado no fim de 2022 e evitar a eleição de Lula como presidente. O documento não está assinado.
O blog da Natuza Nery teve acesso ao documento encontrado pela PF na sede do PL. O texto cita até Aristoteles e diz que a resistência a “leis injustas” é um “princípio do Iluminismo”. O texto é apócrifo —ou seja, sem autenticidade comprovada.
“Afinal, diante de todo o exposto, e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o estado de Sítio e, como ato contínuo, decreto operação de garantia da lei e da ordem”, diz o parágrafo final.
Segundo fontes ouvidas pelo blog, trata-se de uma espécie de discurso, por escrito, que sustenta que a ruptura do Estado Democrático de Direito estaria “dentro das quatro linhas da Constituição”, expressão muito usada por Bolsonaro em atos e discursos públicos quando presidente. (ACIMA)