Sábado, 23 de Novembro de 2024
Polícia
07/11/2023 11:31:00
Delegado diz que vítima de feminicídio tinha medida protetiva contra o ex

CGN/LD

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Cleyde Mara Pereira Abrantes, 44, morta a golpes de faca pelo ex-companheiro, Jeremias Ferreira Dias, 45, tinha medida protetiva determinada pela Justiça, mas não conseguiu sobreviver após três meses de relacionamento abusivo. Ele também morreu, em confronto com policiais.

Em entrevista nesta segunda-feira (6) em Dourados, o delegado de Nova Alvorada do Sul, Lucas Muchenski Oliveira, disse que a ordem para que Jeremias não se aproximasse da ex-mulher havia sido determinada pela Justiça há cerca de 15 dias.

Entretanto, Jeremias ignorou a determinação judicial e na noite de sábado (4) matou Cleyde a golpes de faca, tentou colocar fogo na casa dela e esfaqueou gravemente o atual companheiro da mulher. O homem está internado na Santa Casa em Campo Grande e o quadro é estável, segundo o delegado.

Os crimes ocorreram em Nova Alvorada do Sul, cidade a 110 km de Campo Grande. Depois de matar Cleyde e ferir o namorado dela, Jeremias fez ameaças a parentes da mulher e disse, em áudio enviado pelo celular, que estava pronto “para matar ou morrer”.

Procurado pela polícia de Nova Alvorada do Sul, Jeremias fugiu para Dourados, a 118 km do local dos crimes. No domingo (5), havia expectativa de que ele se apresentasse na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), o que não ocorreu.

Na tarde de ontem, policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Dourados e equipe da delegacia de Nova Alvorada do Sul localizaram o esconderijo de Jeremias – uma casa na Rua Alcides José de Macedo (antiga Potreirito), no Jardim Jóquei Clube, região leste da cidade.

Segundo a polícia, Jeremias resistiu à ordem de prisão. Armado com revólver calibre 32, ele teria disparado na direção dos policiais, que revidaram aos tiros. Jeremias foi atingido por três disparos e socorrido ao Hospital da Vida, mas morreu antes de receber atendimento.

Além da arma, os policiais apreenderam na casa uma moto Honda Titan prata, usada por ele para fugir de Nova Alvorada do Sul. “Foi relacionamento bem breve, de três meses. Ela rompeu o relacionamento e ele passou a ameaçá-la. Antes dos crimes, ele foi duas vezes à casa da vítima durante a madrugada. Por isso ela solicitou a medida protetiva”, disse o delegado Lucas Muchenski Oliveira.

O corpo de Jeremias está sendo velado em uma igreja evangélica no mesmo bairro onde ele estava escondido. A família informou que o enterro será em Dourados, onde o homem tinha parentes.

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