Operação da Polícia Federal prendeu Valdeçon Carilho de Oliveira, de 66 anos, conhecido como "Gordo", condenado pelo homicídio do policial militar Genuwilson Teles Gomes, de 35 anos, ocorrido em março de 2010, durante tiroteio na cidade de Sidrolândia, distante cerca de 70 quilômetros de Campo Grande. Na época, Teles era lotado na Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações de Especiais).

Na manhã desta sexta-feira (30), 12 policiais saíram para cumprir dois mandados contra Valdeçon, de prisão e de busca e apreensão. O homem, já condenado a 16 anos de pena, foi localizado em um imóvel na área rural da cidade de Bandeirantes. A operação foi denominada de Captis.

Três pessoas morreram depois da confusão, que ocorreu em 27 de março de 2010, motivada por causa de um troco de R$ 4. O policial Genuwilson Teles estava em um pesqueiro da região do Assentamento Eldorado, acompanhado de três amigos: Jorge Cardoso Junior, Rodrigo da Silva Aristimunha, e Lailton Sérgio Pereira.

Rodrigo foi até o bar de Valdeçon comprar uma garrafa de pinga e houve desentendimento por causa do troco. Rodrigo, então, prometeu voltar e ameaçou o dono do bar alegando que o dinheiro pertencia a um PM.

Os amigos retornaram e, à polícia, disseram que foram recebidos a tiros pelo filho de Valdeçon, Cristiano Pereira de Oliveira, de 23 anos, e então houve a troca de tiros. O comerciante conta uma versão diferente. Alegou que o PM e os amigos chegaram ao local atirando.

Jorge, amigo do policial, e Cristiano, filho de Valdeçon, morreram. Genuwilson foi socorrido e levado ao hospital, onde ficou internado. Ele morreu no dia 9 de abril do mesmo ano.

Na denúncia do Ministério Público consta que após perícia foi constatado que os tiros que atingiram Genuwilson e Jorge, causando a morte de ambos, partiram da arma de "Gordo".