Domingo, 8 de Junho de 2025
Polícia
19/01/2012 11:45:20
Dupla que vendia recibos médicos em Coxim tem prisão preventiva decretada
A pedido do delegado Amylcar Eduardo Romero, a Justiça decretou as prisões preventivas de Jailson, e Wamil, que estavam vendendo recibos médicos para abater no IR (Imposto de Renda).

Sheila Forato

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Foto: Sheila Forato

A pedido do delegado Amylcar Eduardo Romero, da 1ª Delegacia de Polícia de Coxim, a Justiça decretou as prisões preventivas de Jailson Souza da Silva, de 56 anos, e Wamil Vieira da Rosa, de 53 anos, que estavam vendendo recibos médicos para abater no IR (Imposto de Renda).

Conforme o delegado, as prisões foram decretadas na tarde desta quarta-feira (18). Logo em seguida uma equipe da Polícia Civil foi a pousada onde os dois estavam hospedados, mas eles tinham deixado o local por volta das 12 horas.

Na manhã desta quinta-feira (19), Romero foi até Campo Grande, tentar prender os dois em seus endereços. De acordo com o delegado, Silva forneceu o endereço da sua ex-mulher, com quem ele não mora há seis anos.

Mesmo assim, Romero encontrou o endereço de Silva, mas ele não foi encontrado. Rosa passou o endereço correto para a polícia, mas também não foi encontrado em casa. Com isso, "Lula" e "Palocci", como são conhecidos pela aparência física, passam a ser foragidos da Justiça. Ambos estão respondendo por falsificação de documentos.

O CASO - Na noite desta terça-feira (17), a Polícia Civil desmantelou o esquema de venda de recibos médicos em Coxim. A dupla estava de posse de aproximadamente 200 recibos preenchidos com valores que variam de R$ 1,5 mil a R$ 2,5 mil, carimbados e assinados por profissionais da saúde de diversas áreas, como médicos, dentistas, fisioterapeutas e psicólogos.

Até mesmo recibos com carimbo e assinaturas de profissionais de Coxim estavam no montante. Entretanto, ambos afirmaram que os recibos eram falsificados e isentaram os profissionais. Para ter acesso ao número do registro desses profissionais junto aos respectivos conselhos, os falsificadores pagavam consultas e pediam recibos, que eram utilizados como modelos.

Em seguida, eles mandavam confeccionar os carimbos e falsificavam as assinaturas desses profissionais. Em Coxim, os recibos estavam sendo oferecidos, principalmente, para bancários e professores.

Nossa reportagem chegou a ter contato com os falsificadores. Sem saber que estavam falando com uma equipe do Edição de Notícias, eles informaram que o custo era de 7% do valor do recibo. Ou seja, para um recibo de R$ 2 mil o "cliente" teria de pagar aos falsificadores R$ 140,00.

A polícia efetuou buscas em dois quartos de uma pousada na rua João Pessoa, no centro da cidade, onde eles estavam hospedados. Nos quartos foram encontrados grande quantidade de recibos preenchidos e vários blocos de recibos em branco

No carro usado pelos falsificadores, um Fiat Pálio, com placas de Campo Grande, foram encontrados mais recibos. Parte desses recibos somou cerca de R$ 200 mil, cuja venda renderia R$ 14 mil a eles.

Segundo o delegado, um dos falsificadores 'Jailson Souza da Silva' já foi preso outras duas vezes por falsificação de documentos. O delegado analisa a possibilidade de pedir a prisão preventiva de ambos, que vendem recibos em várias cidades da região norte.

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