Domingo, 24 de Novembro de 2024
Polícia
18/07/2024 14:22:00
Em década de picos e quedas, MS teve a 4ª maior soma de cocaína apreendida
Estado ficou também em quarto lugar na lista dos que mais apreenderam a droga no ano passado

CGN/LD

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Mato Grosso do Sul está entre os estados que mais tiveram cocaína apreendida pelas forças federais brasileiras na década que começou em 2013 e terminou em 2023. Ele aparece em quarto lugar no comparativo dos dados publicados hoje (18) no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

São Paulo é o estado com maior volume acumulado (231 toneladas). É quase três vezes mais do que o segundo da lista, o Paraná (83 toneladas). Na sequência, vêm Mato Grosso (80 toneladas) e Mato Grosso do Sul (61 toneladas).

Os dados também mostram que, com a redução gradual de apreensões no Sudeste, a região em que Mato Grosso e Mato Grosso do Sul está, o Centro-Oeste, passou a liderar as apreensões da droga a partir de 2023.

A cocaína é produzida inteiramente fora do País. Cruza fronteiras e abastece o mercado interno brasileiro, mas também segue por mar ou em aeronaves para a África e a Europa.

Ela costuma ser apreendida em menor volume se comparada à maconha, por exemplo, mas tem valor de venda superior. Uma carga de mais de meia tonelada apreendida no mês passado no Estado, por exemplo, foi avaliada em R$ 27 milhões pela Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico).

Picos e quedas- Na análise feita ano a ano, dá para ver que picos e quedas nas apreensões de cocaína ocorrem em Mato Grosso do Sul.

A maior apreensão anual foi em 2022 (9 toneladas) e a menor foi em 2017 (3 toneladas).

Houve aumento de 21% nas quantidades apreendidas ao longo dos dez anos analisados. Já no comparativo de 2022 e 2023, houve queda de 14%.

Em todo o país, o cenário é de aumento nas apreensões a partir de 2017, conforme análise do Anuário.

Maconha- O Estado também está no topo das apreensões de maconha. Em 2023, ficou atrás apenas do Paraná (206 toneladas) e apreendeu a segunda maior quantidade (87 toneladas).

Houve pequena queda nas apreensões nos últimos dez anos: de 2%. Entre 2022 e 2023, as apreensões também caíram 9%.

Como explica o Fórum de Segurança Pública, autor do Anuário, o crescimento de apreensões de maconha e cocaína em determinados períodos, pode ser explicado por grandes operações que miram rotas e organizações criminosas.

"Dessa forma, elas acarretam grandes apreensões por vezes em um mesmo evento e podem fazer a média anual crescer desproporcionalmente. Esse pode ser o caso, por exemplo, de picos na quantidade de maconha apreendida em 2017 e em 2020 no Centro-Oeste", diz trecho do estudo.

O aumento da quantidade apreendida não aponta, necessariamente, para ou aumento do consumo ou do trânsito da rota. "Na medida em que esses fenômenos podem ser uma decorrência, por exemplo, da maior eficácia da atividade policial", sugere outro trecho.

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